Recorde aqui as incidências do encontro
Posse com a bola e pressão alta sem ela. É este o estilo de jogo da Espanha, o que lhe trouxe tanto sucesso nos últimos anos e o que, numa forma evoluída, vai ser posto em prática no Campeonato da Europa que começa na próxima semana na Suíça. Mas a questão é saber se a está disposta a confirmar o favoritismo que os seus rivais lhe atribuem, em parte para aliviar a pressão. Foi para isso, entre outras coisas, que serviu este amigável contra o Japão.
A resposta é que a equipa de Montse Tomé ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir o excelente nível com que dominou o mundo. Claro que há áreas a melhorar, sobretudo na minimização dos erros defensivos. Um deles custou caro à passagem da meia hora, com o golo marcado por Tanaka após uma grande rotação.
A Espanha não se desorganizou, mas o seu ritmo lento não era o mais adequado para desestabilizar a defesa japonesa. Movimentou a bola com paciência, mas sem verticalidade. Alba Redondo e Alexia Putellas tentaram de perto, e Claudia Pina e Olga Carmona, de longe. A recompensa veio no final do primeiro tempo, quando Batlle cruzou da direita para Pina, sua companheira no Barça, marcar mais um golo e confirmar a boa forma.
Mais ritmo
A Espanha regressou com um ar muito diferente, como se Montse Tomé tivesse dado o incentivo para serem mais ousadas. O Japão recuou e não conseguiu sair da área, com uma linha de pressão no último terço e uma defesa no meio-campo, ao estilo Flick. Após o intervalo, as japonesas foram recompensadas pelos seus esforços depois de um erro de Tanikawa, que deixou a bola nos pés de Vicky Lopez na grande área, que fez o 2-1.
As japonesas saíram da caverna. Não tinham escolha se quisessem sair com um gosto bom na boca. E assim que o jogo recomeçou, Tanaka voltou a fazer uma boa corrida até à área para rematar com o pé esquerdo e obrigar Cata Coll a intervir. A resposta foi liderada por Putellas, que criou oportunidades para companheiras de equipa como Esther. Mariona também podia ter aumentado a vantagem, com um remate à trave.
Quem o fez, nos últimos instantes da partida, foi Athenea del Castillo, que desferiu um remate indefensável de pé esquerdo para fazer o 3-1 e terminar com a sensação ainda melhor para encarar a estreia frente a Portugal, na quinta-feira, com confiança.