Recorde as principais incidências da partida
Ainda o jogo não tinha sequer começado e já Portugal vencia nas bancadas. Mais de 20 mil adeptos responderam de forma afirmativa ao repto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e deslocaram-se até ao Estádio do Bessa para se despedirem da equipa das quinas que vai rumar na próxima semana em direção à Nova Zelândia.
Antes do apito inicial, emoção na voz de Tony Carreira a liderar a entoação do hino de Portugal, ajudado por um coro de cerca de 50 elementos composto por crianças do IPO e da fundação Sara Carreira, acompanhados de forma entusiasta pelos adeptos.
Momento especial também para Dolores Silva. A capitã da Seleção Nacional recebeu um galardão das mãos do presidente da FPF, Fernando Gomes, a assinalar a marca histórica de 150 jogos ao serviço da equipa das quinas.
Francisco Neto testou novo sistema
Após o empate muito positivo em Milton Keynes, frente a Inglaterra (0-0), atuais campeãs europeias, a equipa de Francisco Neto regressou a Portugal para o último encontro de preparação em território nacional e o selecionador aproveitou o duelo para testar um novo sistema: 3-5-2.
Durante as semanas de trabalho na Cidade do Futebol o treinador nacional já tinha levantado um pouco o véu em relação a esta possibilidade, mas faltava aplicá-la em campo, algo que aconteceu esta noite no Bessa e terá, certamente, dado para Francisco Neto tirar algumas notas.
Sobre o jogo, o Portugal-Ucrânia teve pouca história. Claro domínio da seleção portuguesa, do primeiro ao último minuto, com muitas oportunidades de golo criadas, perante uma frágil Ucrânia, sem argumentos para lidar com a dinâmica lusa.
A seleção portuguesa criou inúmeras ocasiões, sempre com Jéssica Silva e Diana Silva muito em evidência na frente e com Andreia Norton a ser o elo de ligação entre setores, no entanto o desperdício foi nota dominante nos primeiros minutos.
Aos 19', depois de muita insistência, Jéssica Silva aproveitou um erro crasso da capitã ucraniana Apanaschenko para abrir o ativo e, em cima do apito para o intervalo, a mesma Jéssica Silva dilatou a vantagem para Portugal, justíssima, diga-se, em mais um lance em que ficaram evidentes as debilidades da Ucrânia.
Afinar a máquina no último terço
No segundo tempo, a mesma dinâmica. Mais posse para Portugal, mais oportunidades criadas pela equipa de Francisco Neto e pouca afinação no último terço. Jéssica Silva voltou a estar em evidência, Diana Silva também teve mais algumas oportunidades e Tatiana Pinto também ameaçou o golo, só que o terceiro não apareceu e as contas ficaram fechadas no 2-0.
Ainda assim, no cômputo geral, ensaio positivo para a equipa das quinas, que ainda vai ter algum tempo para afinar alguns detalhes tendo em vista a estreia no Campeonato do Mundo, frente aos Países Baixos, no dia 23.
Portugal, recorde-se, está inserido no Grupo E ao lado de Vietname, EUA e Países Baixos.
Melhor jogadora em campo Flashscore: Jéssica Silva