Recorde as incidências da partida

Primeiro particular de Portugal no penúltimo momento de preparação, antes do Euro-2024, com Roberto Martínez a fazer sete alterações no onze que tinha escolhido para o último jogo. Rúben Dias, Palhinha, Bruno Fernandes e Bernardo Silva foram os resistentes para defrontar uma seleção da Suécia que contou com Gyökeres, avançado do Sporting, como titular.

Depois de um minuto de silêncio em memória de António Pacheco, antigo internacional português, que faleceu na quarta-feira, o jogo em Guimarães arrancou praticamente com o primeiro aviso da Suécia. Kulusevski recuperou uma bola após tentativa de combinação entre Nuno Mendes e Rafael Leão, e lançou Isak, que ultrapassou Bruno Fernandes e rematou, com a bola a desviar em Rúben Dias e a quase bater Rui Patrício.

Respondeu Portugal, aos 4 minutos, com Nuno Mendes a lançar Bruno Fernandes, que serviu Matheus Nunes. Valeu à Suécia o corte de Augustinsson, para canto.

Aos 11 minutos foi Rafael Leão a ganhar espaço na esquerda, a derivar para o meio mas a rematar contra Hien.

Em cima do quarto de hora, primeira real ocasião de golo, com grande jogada de Bruno Fernandes, a servir Rafael Leão, que deixou para Gonçalo Ramos e este para Matheus Nunes encher o pé e Olsen voar para enorme defesa, cedendo canto.

Poste e golo

Depois das ameaças - pelo menos três reais -, Rafael Leão chegou mesmo ao golo, aos 24 minutos. Gonçalo Ramos, qual pivô, de costas para a balizar, serviu de cabeça Bernardo Silva, com o médio a tirar Lindelof da frente antes de rematar cruzado, ao poste. Na recarga, Rafael Leão rematou forte ao ãngulo superior da baliza de Olsen, assinando o 1-0.

A reação da Suécia chegou aos 27 minutos, com Bruno Fernandes a derrubar Kulusevski, à entrada da área, e com o avançado sueco, na transformação do livre, a rematar rasteiro para Rui Patrício segurar.

O poder do coletivo

Aos 33 minutos, porém, surgiu o 2-0 para Portugal, numa grande jogada coletiva. Bernardo Silva tabelou com Rafael Leão, com o médio do Manchester City a servir Matheus Nunes que, nas costas de Cajuste, rematou colocado e rasteiro, junto ao poste.

Aos 42 minutos foi a Suécia a rematar por cima da baliza, por Svanberg, antes de Portugal fazer mesmo o 3-0, antes do intervalo. É perfeito o passe de João Palhinha, a lançar Nélson Semedo na direita que, perante Elanga, cruzou para Bruno Fernandes finalizar, de forma simples, na pequena área sueca, sem qualquer marcação.

Três lançados, um para o golo

Para a segunda parte, Roberto Martínez lançou António Silva no lugar de Pepe, Toti Gomes em vez de Nuno Mendes e Bruma para a vaga de Rafael Leão.

Tal como na primeira parte, pertenceu à Suécia o primeiro remate no segundo tempo, com Elanga a surgir pela esquerda e a cruzar para Gyokeres, de cabeça, atirar ao lado da baliza de Rui Patrício, aos 48 minutos. Aos 49' foi Cajuste, à entrada da área, a atirar para defesa do guarda-redes português.

Portugal entrou menos ligado na segunda parte mas, à primeira hipótese, voltou a marcar, e por um dos jogadores lançados por Roberto Martínez: aos 57 minutos, Bruno Fernandes roubou a bola a Isak Hien e, na cara de Olsen, serviu Bruma para o 4-0.

Gyokeres respondeu, Gonçalo também

Um minuto volvido, porém, a Suécia iria mesmo reduzir o marcador, e pelo inevitável Gyökeres, respondendo da melhor formao cruzamento de Holm, da direita, antes do selecionador sueco, em estreia, lançar Forsberg e Nordfeldt nos lugares de Holm e Elanga.

Ataque contra ataque, Portugal rapidamente chegaria à mão cheia de golos, aos 61 minutos, com um grande passe de António Silva a desmarcar Nélson Semedo que, com espaço, assistiu na perfeição Gonçalo Ramos para o golo.

O dia 21 de março para Jota Silva

Ainda com o D. Afonso Henriques a festejar o 5-1, Roberto Martínez voltou a mexer e, mais do que um golo, os adeptos vimaranenses festejaram a entrada em campo, para estreia absoluta, de Jota Silva, jogador da casa, que acompanhou João Neves nas entradas, saindo Matheus Nunes e Gonçalo Ramos.

Da primeira vez que tocou na bola, desmarcado por Bernardo Silva no flanco direito, Jota Silva rematou junto ao primeiro poste, para defesa de Olsen e para um enorme bruá nas bancadas.

Aos 70 minutos novamente o público do D. Afonso Henriques a manifestar-se, desta vez perante a saída de Gyökeres, para a entrada de Nilsson, com Gustafson a ocupar o lugar de Svanberg, que saiu mal tratado de um lance com Palhinha. Aos 75 minutos o selecionador sueco esgotava as alterações, com Olsson no lugar de Cajuste.

Aos 78 minutos a Suécia ficou perto do segundo golo, com Nilsson, perante a marcação de António Silva, a tocar de calcanhar, bom a bola a sair junto ao poste da baliza de Rui Patrício.

Aos 82' foi a vez de Roberto Martínez esgotar as substituições, com João Mário a ocupar a ala direita, no lugar de Nélson Semedo, antes de Jota Silva quase levar o D. Afonso Henriques à loucura, aos 87 minutos, após grande cruzamento de João Mário. Olsen negou o sonho ao jogador do Vitória.

Em cima dos 90 minutos, haveria tempo ainda para Nilsson antecipar-se a António Silva e, de cabeça, apontar o 5-2 final em Guimarães.

Missão cumprida para Portugal, com distinção e com direito a goleada, antes do segundo teste, na Eslovénia, na terça-feira. Roberto Martínez, se dúvidas ainda tivesse, terá tirado muitas e boas notas do teste em Guimarães.

Homem do jogo Flashscore: Bruno Fernandes (Portugal)