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Procuradoria pede 15 anos e meio de prisão para Ángel María Villar, antigo presidente da RFEF

Ángel María Villar, ex-presidente da RFEF
Ángel María Villar, ex-presidente da RFEFGONZALO ARROYO MORENO / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
A Procuradoria Anticorrupção de Espanha anunciou esta quinta-feira que está a pedir 15 anos e meio de prisão para o ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel María Villar, por alegada corrupção.

Em concreto, o órgão judicial acusou o antigo dirigente, que esteve à frente do organismo entre 1988 e 2017, dos crimes de administração desleal, corrupção nos negócios e apropriação indevida em concorrência mediática com um crime continuado de falsidade em documentos comerciais e exigiu uma multa de perto de um milhão de euros.

As alegadas infrações fazem parte do processo Soule, no qual terá criado um prejuízo de 4,5 milhões de euros por contratos entre 2007 e 2017.

No documento, a acusação implica oito pessoas no total, incluindo o seu filho, Gorka, para quem é pedida uma pena de sete anos de prisão, e o antigo vice-presidente da RFEF, Juan Padrón, para quem são pedidos seis anos e meio de prisão.

O processo, aberto na Audiência Nacional em 2017, investiga se ele beneficiou do seu cargo, entre 2007 e 2017, as pessoas à sua volta através de contratos, incluindo jogos da seleção nacional.

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Para obter benefícios, foi simulada a prestação de serviços a favor da federação e até a reforma, em 2009, da secretária de Ángel María, apesar de esta ter continuado a prestar os mesmos serviços até setembro de 2017.

As irregularidades em torno da escolha dos jogos amigáveis começaram em 2009, graças, nomeadamente, ao aumento de prestígio que começou com o Euro-2008 e continuou com o Mundial-2010 e, novamente, com o Campeonato da Europa de 2012.

O órgão judicial sublinhou que todos os órgãos competentes da RFEF foram contornados, enquanto Villar decidia os rivais em benefício do seu filho e da sua empresa também acusada, a Sport Advisers, constituída em 2010.

Atribui-se a Gorka Villar a escolha dos adversários e a negociação das condições económicas, quando não tinha qualquer relação laboral com a RFEF.

Entre os jogos amigáveis estão os disputados contra a Coreia do Sul, Chile, Venezuela, Peru e Colômbia, que teriam gerado um prejuízo de cerca de 3.830.000 euros.