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Sem algumas das principais figuras, Uruguai de Bielsa bate Cuba (2-0)

Uruguai vence Cuba em Montevidéu
Uruguai vence Cuba em MontevidéuAFP
A seleção uruguaia superou um adversário inferior no Estádio Centenário de Montevidéu nesta terça-feira, mas sem repetir tudo o que demonstrou na semana passada contra a Nicarágua.
As estatísticas do Uruguai-Cuba
As estatísticas do Uruguai-CubaFlashscore

Recorde as incidências da partida

O técnico argentino repetiu apenas um dos jogadores que atuaram na goleada sobre a Nicarágua (4-1) na passada quarta-feira, o atacante Maximiliano Araújo, que foi o grande destaque da partida.

Bielsa continuou a testar os jogadores antes do início das eliminatórias sul-americanas para a Mundial-2026, em setembro.

A principal atração da partida, disputada diante de um público bem menor do que aquele que quase lotou as bancadas do Centenário na semana passada, era ver se os jogadores se encaixariam nas ideias do novo técnico.

Na verdade, o que se falava mais no estádio era sobre o anúncio surpreendente de Porto Alegre, na terça-feira, da possível reforma precoce de Luis Suárez, o maior marcador da história da seleção uruguaia, do que sobre a partida em si.

Uruguai vence Cuba
Uruguai vence CubaPABLO PORCIUNCULA / AFP

Em campo, a surpresa ficou por conta da demora do primeiro golo da equipa da casa.

Aos 26 minutos, através de uma grande penalidade cometida sobre Maximiliano Araújo, que foi bem cobrada por um dos avançados celestes mais móveis e habilidosos da primeira parte, o Facundo Torres.

O Uruguai atacava constantemente, mas também repetia as suas imprecisões, tanto no ataque como no meio-campo.

Do banco, Bielsa não escondia a insatisfação. No geral, a equipa não repetiu - em termos de intensidade, coesão, bom jogo - o que tinha mostrado na estreia do argentino.

No final da primeira parte, Cuba esteve mesmo perto de empatar, após um canto mal defendido. Modesto Méndez falhou o remate final.

As notas individuais do Uruguai-Cuba
As notas individuais do Uruguai-CubaFlashscore

"Bielsa pede-nos intensidade e isso faltou"

No segundo tempo, Bielsa mexeu nas peças em busca de mais dinamismo, mas não mudou muita coisa.

O Uruguai demorou um quarto de hora para ter sua primeira boa jogada de ataque, através de Torres e Brian Rodriguez. Um minuto depois, Joaquín Piquerez acertou na trave.

Mas os uruguaios continuavam a falhar no passe e Cuba conseguia, sobretudo através do avançado Luis Paradela, criar perigo.

Sergio Rochet, na primeira parte, e Santiago Mele, na segunda, tiveram de dar o seu melhor para manter a bola fora das suas balizas, algo que não tinha acontecido na quarta-feira passada, quando Franco Israel, o guarda-redes do Uruguai, foi um mero espetador.

O guarda-redes cubano Arozarena também foi fundamental para atrasar o segundo golo do Uruguai, que acabou por chegar aos 79 minutos através de um dos seus mais prolíficos marcadores, Maximiliano Araújo.

O Uruguai continua a construir a sua corrida
O Uruguai continua a construir a sua corridaPABLO PORCIUNCULA / AFP

"Faltou-nos elaborar melhor", disse o treinador na conferência de imprensa.

"Imaginávamos uma diferença maior, no jogo e no resultado, com mais golos e jogadas mais perigosas, e Cuba criou situações na nossa baliza que não imaginávamos no início", acrescentou Bielsa.

"Foi uma partida mais difícil do que o esperado", reconheceu o médio Agustín Canobbio. "Temos de fazer uma autocrítica, eles fecharam-se muito bem e não conseguimos recuperar a bola em três quartos do campo, como planeado", cimentou.

"Bielsa pede-nos intensidade e isso faltou", admitiu também Joaquín Piquerez.

O treinador do Uruguai, no entanto, está a começar a moldar o seu estilo e precisa, acima de tudo, de combinar alguns destes jogadores com estrelas como Federico Valverde, Rodrigo Bentancur, Darwin Núñez, Ronald Araújo e outros que não estiveram presentes nestes dois jogos particulares.