Mais

Ancelotti recorda Bayern: "O despedimento mais impiedoso de toda a minha carreira"

Ancelotti durante a sua passagem pelo Bayern
Ancelotti durante a sua passagem pelo BayernANDREAS GEBERT / ANADOLU AGENCY / Anadolu Agency via AFP

A biografia de Carlo Ancelotti será publicada a 1 de outubro, mas o jornal alemão Bild revelou um excerto impactante.

'O sonho: como ganhar a Liga dos Campeões' é o título escolhido para o livro em que Carlo Ancelotti relata as vivências da sua carreira profissional de sucesso. Nele conta os seus altos e baixos e, embora ainda não esteja à venda, já foram reveladas algumas das partes mais interessantes.

Uma delas são as linhas dedicadas ao Bayern de Munique, em que Carletto conta o que considera "o despedimento mais impiedoso de toda a minha carreira". E é que, explica o italiano, "não é preciso um presidente errático ou um proprietário imprevisível para que te despeçam. Os acionistas de uma empresa também podem fazê-lo".

Segundo o técnico natural de Reggiolo, após a sua primeira temporada, a situação já parecia complicada: "Deixámos a concorrência para trás na Bundesliga, terminando com 15 pontos de vantagem, cinco a mais do que Pep (Guardiola) tinha conseguido com o segundo classificado nos dois anos anteriores. No entanto, o Bayern não considerou isso um sucesso. Era o mínimo que esperavam", confessa.

Para Ancelotti, o problema era que tinha demasiadas pessoas importantes a dar-lhe indicações de cima: "O que era completamente novo para mim era trabalhar num clube que não era regido pelos caprichos de um único e carismático proprietário. Em vez disso, havia um grupo diverso, que representava clubes tradicionais e lendários, com jogadores de lenda", diz.

"Era responsável perante várias pessoas ao mesmo tempo. Tinha dificuldade em decidir quem tinha mais poder e, depois de algumas semanas, até chamei Philipp Lahm à parte para pedir a sua opinião. Mas, como sempre, fiz tudo o possível para manter a minha independência", conclui.