Friburgo 1-4 Borussia Dortmund
Com um lugar provisório no top-6 em jogo, o Friburgo entrou em campo com determinação e Vincenzo Grifo quase abriu o marcador logo aos oito minutos, ao controlar uma bola na área e ver o seu remate ser bem bloqueado. Florian Müller teve depois de estar atento para evitar que um cabeceamento de Daniel Svensson desse golo, e do outro lado do campo, o Friburgo ficou indignado por ter sido negado duas grandes penalidades.

Após esse susto, o Dortmund começou a organizar-se melhor e, à medida que a primeira parte avançava, começou a parecer mais a equipa que tem lutado pelos títulos nos últimos anos, acabando mesmo por chegar à vantagem a 10 minutos do intervalo. Um ataque pelo lado direito viu Julian Ryerson ultrapassar Jordy Makengo em velocidade e cruzar para a área, onde a bola desviou em Max Beier e acabou por cair nos pés de Karim Adeyemi. Com a sua habitual rapidez de execução, deslocou-se para o lado esquerdo da baliza e atirou para o canto oposto, sem hipótese para Müller.
Impulsionado por esse golo, o Dortmund entrou confiante na segunda parte e rapidamente encaminhou-se para a sétima vitória consecutiva frente ao Friburgo por uma margem de dois ou mais golos, ao fazer o 0-2 nos primeiros cinco minutos após o reatamento. Desta vez, não houve sorte no envolvimento de Beier: recebeu a bola no centro do terreno e rasgou a defesa da casa com um passe em profundidade para Carney Chukwuemeka. Apesar da boa marcação de Makengo, ainda conseguiu rematar, com a bola a desviar em Philipp Lienhart e a trair Müller.
A frustração do Friburgo não ficou por aqui. O Dortmund chegou ao 0-3 depois de Chukwuemeka lançar Julian Brandt na área, que, de forma altruísta, serviu Serhou Guirassy para um desvio simples, que praticamente sentenciou o encontro. E ainda houve tempo para mais humilhação: Ryerson fintou o seu marcador com classe e cruzou para o segundo poste, onde Jamie Gittens apareceu ao segundo poste para fazer o 0-4 de cabeça. Já perto dos 90 minutos, o Friburgo conseguiu o golo de honra, com Maximilian Eggestein a disparar um excelente remate para o canto superior esquerdo – um golo completamente contra a corrente do jogo, numa segunda parte para esquecer da equipa de Breisgau.
No fim, foi um passeio para o Dortmund, que fica agora a escassos pontos do quarto classificado Mainz – a mesma equipa que, há dois anos, lhes roubou o título com um empate na última jornada. Esta vitória dá alento para o exigente trio de jogos que se avizinha: dois confrontos da Liga dos Campeões frente ao líder da LaLiga, Barcelona, com um Klassiker contra o Bayern pelo meio — três duelos que podem definir a época do Dortmund.

Heidenheim 0-1 Bayer Leverkusen
O Heidenheim tinha perdido todos os cinco jogos em casa frente a equipas do top 7 da Bundesliga esta época, sem marcar um único golo. No entanto, a visita de um Leverkusen ferido, após uma surpreendente eliminação a meio da semana na Taça da Alemanha frente ao Arminia Bielefeld da terceira divisão, apresentava-se como uma oportunidade para inverter a maré. A equipa de Frank Schmidt foi claramente a mais perigosa nos minutos iniciais, estando perto de inaugurar o marcador quando Adrian Beck encontrou espaço no lado esquerdo do ataque, mas hesitou entre cruzar ou rematar, acabando por não fazer nem uma coisa nem outra, para alívio da defesa do Leverkusen.

Os Die Werkself não estavam a tirar lições do perigo, já que Frans Krätzig voltou a encontrar espaço na mesma ala, mas atirou ao lado. O maior susto para os visitantes surgiu aos 26 minutos, quando um canto caiu nos pés de Benedikt Gimber junto ao primeiro poste. O central mostrou grande equilíbrio ao rodar e rematar, mas viu o seu esforço ser travado pela barra e depois pelo poste. O talismã Marvin Pieringer ainda desperdiçou duas boas oportunidades, antes de o Heidenheim ser recordado, em atraso, da qualidade do adversário, com Amine Adli a rematar ligeiramente ao lado.
Sem surpresa, o Heidenheim – que, antes do apito inicial, era a equipa com menos pontos conquistados em casa esta época – teve dificuldades em manter a intensidade ofensiva após o intervalo. No entanto, os comandados de Xabi Alonso também não conseguiam aproveitar, sem registar um único remate nos primeiros 25 minutos da segunda parte. O melhor marcador, Patrik Schick, foi lançado para tentar resgatar um resultado que não estavam a justificar, mas foi o também suplente Buendía quem acabou por fazer a diferença. O argentino assinou um momento de rara qualidade, com um remate em arco magnífico que bateu Kevin Müller.
Com este desfecho tardio, o Leverkusen garantiu a quarta vitória consecutiva nos confrontos diretos com o Heidenheim, graças a mais um golo tardio, e mantém-se a seis pontos do líder Bayern. Já o Heidenheim perdeu pela primeira vez em quatro jogos e continua a três pontos da zona de salvação.

RB Leipzig 3-1 Hoffenheim
O Hoffenheim entrou em campo com uma atitude impressionante e não perdeu tempo a atacar a defesa do RB Leipzig, criando várias oportunidades logo nos primeiros dois minutos. Os visitantes mantiveram o embalo e abriram o marcador aos 11 minutos. Péter Gulácsi teve responsabilidade direta no golo, ao fazer um passe mal medido que caiu nos pés de Bazoumana Touré, que assistiu Tom Bischof para um remate de 30 metros que surpreendeu os anfitriões.

O Leipzig chegou ao empate a meio da primeira parte, e tal como o golo inaugural, também este resultou de um erro do guarda-redes. Desta vez, o culpado foi o internacional alemão Oliver Baumann, que não conseguiu travar um cabeceamento aparentemente fácil de Benjamin Šeško. Um período desastroso de cinco minutos para o Hoffenheim culminou ainda com a expulsão de Leo Skiri Østigård, que travou Loïs Openda quando este seguia isolado para a baliza. Os anfitriões aproveitaram de imediato a vantagem numérica e passaram para a frente do marcador mesmo antes do intervalo, através de Ridle Baku, que rematou de forma imparável após aproveitar uma bola solta na área, deixando Baumann sem reação.
A segunda parte começou de forma mais morna, mas o Hoffenheim pensou ter chegado ao empate à hora de jogo, com um auto-golo de Castello Lukeba. No entanto, o lance foi anulado por fora de jogo no início da jogada. Os visitantes continuaram a pressionar à procura do segundo golo, com Bischof e Andrej Kramarić em destaque, mas sempre que se aproximavam da igualdade, Gulácsi estava lá para impedir. O Leipzig acabou por selar a vitória aos 84 minutos, com Yussuf Poulsen, vindo do banco, a marcar o seu primeiro golo na liga esta época.
O Hoffenheim não teve forças para reagir e somou mais uma derrota, significando que venceu apenas uma das últimas seis partidas na Bundesliga (3 empates, 2 derrotas). Ainda assim, mantém uma vantagem de quatro pontos sobre a zona de despromoção. O RB Leipzig, por sua vez, recuperou da derrota frente ao Borussia Mönchengladbach na jornada anterior e, apesar de só ter vencido dois dos últimos seis jogos no campeonato (2 empates, 2 derrotas), continua a depender de si próprio para garantir a qualificação para a Liga dos Campeões.
