Mainz 3-4 Bayer Leverkusen
O Mainz vinha de duas derrotas consecutivas na Bundesliga, nas quais sofreu seis golos sem resposta antes da pausa internacional, e parecia não haver fim para o seu mau momento numa primeira parte difícil.
O Leverkusen adiantou-se cedo no marcador através de uma grande penalidade, com Alejandro Grimaldo a converter com frieza da marca dos 11 metros, depois de Jonas Hofmann ter sido derrubado por Nikolas Veratschnig.
A equipa de Kasper Hjulmand aumentou a vantagem aos 24 minutos por intermédio do inspirado Christian Kofane, que concluiu uma magnífica jogada de passes rápidos à entrada da área do Mainz com um remate colocado no canto inferior — o seu terceiro golo consecutivo na Bundesliga.
Os anfitriões, que ainda não tinham marcado em casa esta temporada, reagiram de forma algo afortunada. O Leverkusen não conseguiu afastar uma longa reposição lateral, e um mau alívio de Loïc Badé foi aproveitado por Lee Jae-sung, que reduziu a diferença. O Mainz parecia ganhar embalo, mas as esperanças do conjunto de Bo Henriksen foram rapidamente travadas quando o Leverkusen recuperou a bola em zona alta e voltou a ampliar a vantagem: Grimaldo bisou ao finalizar junto ao primeiro poste após assistência de Hofmann.
Paul Nebel ainda ameaçou reduzir antes do intervalo, com um cruzamento que bateu na trave, e já na segunda parte, Grimaldo ficou muito perto do hat-trick com um remate rasteiro que passou a centímetros do poste. O Mainz acabou por beneficiar de uma oportunidade improvável para reentrar na partida quando um remate de longa distância de Arnaud Nordin embateu no ferro e Phillipp Mwene foi derrubado por Arthur ao tentar controlar a bola. O antigo médio do Leverkusen, Nadiem Amiri, assumiu a cobrança do penálti e marcou, reacendendo o ânimo dos adeptos da casa.
O avançado Martin Terrier entrou para fazer a sua primeira aparição pelo Leverkusen desde janeiro e deixou a sua marca, encostando para o 2-4 dentro da pequena área. Tudo parecia decidido, mas o Mainz não desistiu: Armindo Sleb apontou um belo remate ao canto oposto e reduziu para 3-4 já aos 90 minutos. Apesar da reação notável, o Mainz acabou por ficar aquém da reviravolta, prolongando a sua série sem vitórias em casa na Bundesliga para nove jogos, desde fevereiro, e permanecendo na zona de despromoção.
O Leverkusen, por sua vez, somou a terceira vitória consecutiva na liga e o quinto triunfo nos últimos sete confrontos diretos com o Mainz — um excelente ensaio antes do duelo de peso na Liga dos Campeões frente ao Paris Saint-Germain, a meio da próxima semana.
RB Leizpig 2-1 Hamburgo
O convincente triunfo caseiro por 4-0 do Hamburgo sobre o Mainz antes da pausa internacional alimentou a confiança de que a equipa poderia, pelo menos, marcar o seu primeiro golo fora de casa nesta temporada. E tentaram atacar desde o início, mas a falta de oportunidades claras nos primeiros 10 minutos devolveu o equilíbrio ao jogo.
Os anfitriões começaram então a impor-se, e embora o primeiro remate perigoso de Antonio Nusa tenha saído à figura de Daniel Heuer Fernandes, o guarda-redes português teve de mostrar reflexos rápidos para impedir Christoph Baumgartner de finalizar após um cruzamento de Assan Ouédraogo.
Os visitantes estiveram perto de marcar de seguida, quando Ransford-Yeboah Königsdörffer cabeceou por cima após um canto, mas o jogo manteve-se equilibrado. Isso mudou momentos antes do intervalo, quando um cruzamento tenso de Nusa, da esquerda, encontrou Baumgartner no segundo poste, e o austríaco cabeceou para dentro da baliza, colocando o Leipzig em vantagem pela sexta jornada consecutiva na Bundesliga.
A vantagem, contudo, durou pouco depois do recomeço, já que Albert Sambi Lokonga encontrou espaço na área e rematou para o canto oposto, com a bola a desviar em Nicolas Seiwald antes de entrar. Mas a alegria dos adeptos visitantes foi de curta duração: Baumgartner combinou bem com Rômulo Cardoso, entrou na área e finalizou com precisão junto ao poste mais próximo.
O Hamburgo reagiu bem à nova desvantagem e esteve perto de marcar por duas vezes através de Königsdörffer, antes de Jean-Luc Dompé acertar no poste com um livre direto. Continuaram a pressionar e até viram a antiga estrela do Leipzig, Yussuf Poulsen, entrar em campo na tentativa de empatar frente ao seu antigo clube, mas sem sucesso, apesar de alguns momentos promissores no final.
A vitória permite ao Leipzig manter o registo de nunca ter perdido contra uma equipa recém-promovida à Bundesliga, somando agora 33 triunfos em 38 jogos desse tipo. As dificuldades do Hamburgo fora do Volksparkstadion persistem, mas Merlin Polzin não deverá ficar demasiado preocupado com a exibição da sua equipa nesta partida.
Wolfsburgo 0-3 Estugarda
Inspirado por Angelo Stiller, o Estugarda conquistou uma confortável vitória fora de casa frente ao aflito Wolfsburgo, na Volkswagen Arena. Este resultado marca a quarta vitória consecutiva do Estugarda na Bundesliga, a sua melhor série desde fevereiro de 2024.
Chegando a este encontro com apenas uma vitória nas seis primeiras jornadas do campeonato, o Wolfsburgo atravessava um período complicado.
Fieis ao seu bom momento, os homens do Estugarda começaram o jogo com determinação, controlando a posse de bola e superando claramente os anfitriões em número de passes. Logo aos quatro minutos, Jeff Chabot obrigou o guarda-redes Kamil Grabara a uma excelente defesa, desviando um potente remate de longe para canto.
Com os visitantes a dominarem — incluindo mais de 70% de posse de bola — o golo parecia inevitável. E chegou aos 35 minutos, quando Angelo Stiller fez um passe para Tiago Tomás, que cabeceou de forma exemplar no centro da área, colocando o Estugarda em vantagem ao intervalo. Após o descanso, o Wolfsburgo precisava desesperadamente de reagir, mas apenas dez minutos depois do recomeço viu a desvantagem aumentar: um remate de Stiller foi defendido e a bola sobrou para Maximilian Mittelstädt, que rematou forte para o fundo das redes.
O treinador do Wolfsburgo, Paul Simonis, tentou mudar o rumo do jogo com uma tripla substituição ofensiva a menos de meia hora do fim. No entanto, apesar de terem mais posse de bola do que na primeira parte, os anfitriões não conseguiram criar um único remate enquadrado. E a ineficácia acabou por ser castigada a dez minutos do final, quando o homem do jogo, Angelo Stiller, confirmou a goleada ao rematar para o canto inferior direito após um excelente passe de rutura de Bilal El Khannouss.
O golpe final permitiu ao Estugarda controlar tranquilamente o resto do encontro, garantindo a quarta vitória consecutiva e subindo ao terceiro lugar da Bundesliga. Já o apático Wolfsburgo mantém-se no 15.º posto e continua sem vencer na liga desde a jornada inaugural (2 empates e 4 derrotas).
