O ex-defesa da Alemanha, Thomas Helmer, admite que ficou surpreendido com a demissão de Erik ten Hag pelo Bayer Leverkusen.
O antigo treinador do Manchester United foi dispensado menos de um mês após o início da nova temporada da Bundesliga – a direção do Bayer Leverkusen acabou por admitir que já estava a duvidar da escolha do treinador neerlandês, apenas algumas semanas depois da pré-temporada de verão.
"É uma loucura. Provavelmente sentiram o mesmo após dois jogos. Ou três partidas oficiais, digamos assim. Houve um jogo da seleção, mas internamente muita coisa correu mal, muita coisa contra ele. Ao que parece, não perceberam que o treinador não conseguia criar ligação com a equipa", afirmou Thomas Helmer, ao TribalFootball.
"Não sei como o grupo reagiu internamente, mas foi uma mudança grande. Muitos jogadores saíram, jogadores importantes, e chegaram outros novos. Como treinador, é preciso tentar unir todos. Ao que parece, ele não conseguiu fazer isso, e achei isso mais do que surpreendente. (Uma situação que) realmente não foi boa para ele, na minha opinião", acrescentou.
Ten Hag foi substituído pelo antigo selecionador da Dinamarca, Kasper Hjulmand, uma decisão que Helmer admite poder ser arriscada por parte da direção do Bayer.
"Não sei, mas ele parece estar a causar boa impressão. Não creio que seja um problema técnico. Ele tem uma equipa completamente nova para conhecer, e como disse, perdeu muitos jogadores importantes. A questão é saber quão rápido ele conseguirá formar novamente uma equipa vencedora", explicou.
Escolha de Xhaka
Helmer teve uma breve passagem pelo Sunderland na reta final da carreira e admite que ficou surpreendido com a decisão de Granit Xhaka de deixar o Bayer para se juntar aos Black Cats no mês passado.
Sim, com Xhaka não é só uma questão de dinheiro. É preciso convencê-lo. Do lado desportivo, do outro lado, para onde se quer ir com a equipa e tudo mais. Isso realmente surpreendeu-me. Estava relativamente claro que iriam avançar, que iriam conversar e acabaram por convencê-lo rapidamente. Ele também queria ir para lá. Fizeram um bom trabalho", afirmou.