"A Europa tornou-se agressiva. O ódio e a inveja estão a aumentar. Na política, os racistas estão a tentar governar, como acontece na Alemanha", afirmou Kevin-Prince Boateng numa entrevista ao diário romano La Repubblica.
É por isso que ele quer mudar-se para a Austrália para "contribuir para o crescimento do futebol lá", explicou o jogador de 36 anos, que encerrou sua carreira ativa no Hertha BSC no verão passado.

O meio-irmão do ex-campeão mundial Jerome Boateng queixou-se de que o problema do racismo é grave em Itália há anos. Em 2013, abandonou o relvado durante um jogo particular do seu antigo clube, o AC Milan, depois de ter sido alvo de insultos racistas por parte dos adeptos, o que deu origem a uma discussão sobre o tema da xenofobia.
No entanto, segundo Boateng, nada mudou em Itália desde então. Apenas os jogadores de cor tomam posição contra o racismo, explicou: "Todos o deviam fazer: Brancos, asiáticos e árabes".

Boateng está atualmente a aconselhar a FIFA sobre a questão da saúde mental dos jogadores. "Infelizmente, a depressão e os ataques de pânico fazem parte do quotidiano dos jogadores, incluindo as estrelas", afirmou Boateng. Durante a sua carreira, Boateng jogou em 14 clubes de cinco países e disputou 15 partidas pela seleção do Gana.