Quando o prodígio Lennart Karl voltou a explicar, mesmo diante do último microfone, a sua ousada comparação com Messi, o seu parceiro de magia em campo, Michael Olise, já se tinha afastado em silêncio.
Enquanto o reservado mago francês do drible desfrutava do merecido descanso em tranquilidade, o talentoso adolescente falava com naturalidade sobre o seu grande ídolo, tal como tinha encantado na eletrizante antevisão do duelo da Liga dos Campeões no Arsenal.
"Claro que podem comparar-me com Messi", afirmou Karl sobre o astro argentino, campeão do mundo e oito vezes melhor jogador do mundo. Como assim?!
"Claro", confirmou, "se continuar assim." Mais uma vez: como assim?! "Claro", insistiu Karl, encolhendo os ombros, "canhoto e tudo o resto, por isso: sim", a comparação faz sentido.
Ele próprio diz que não se compara ao seu ídolo. Porque Lionel Messi é, naturalmente, "algo completamente diferente", sublinhou o jovem de 17 anos após o impressionante 6-2 do líder isolado frente ao Friburgo. La Pulga está "num patamar muito acima, ainda tenho um longo caminho a percorrer".
Os primeiros passos são, sem dúvida, muito promissores. Em conjunto com Olise, Karl virou o jogo (no seu apenas terceiro jogo a titular na Bundesliga) – depois de estar a perder 0-2 devido a dois golos de bola parada do Friburgo. Muitos recordaram os melhores tempos de "Robbéry", embora Karl e Olise estejam muito mais próximos em campo do que os dois mágicos das alas Arjen Robben e Franck Ribéry alguma vez estiveram.

Olise em grande destaque
Karl marcou o importante 1-2, assistiu Olise para o 2-2 e também participou no 4-2 de Harry Kane. A sua exibição só foi superada pela de Olise – que bisou, fez três assistências e esteve envolvido em todos os golos do Bayern.
"O Michael esteve extraordinário", elogiou o presidente Jan-Christian Dreesen, e acrescentou: "É um prazer ver jogar." Já o diretor desportivo Max Eberl destacou Karl como "jogador-chave" e comparou o jovem da formação ao prodígio Lamine Yamal. "Em Barcelona, também havia um jovem de 17 anos que não era nada mau na ala direita", comentou.
Kompany discorda
Vincent Kompany não quis alinhar nisso. "Até tu te ris", respondeu a um jornalista que tentava arrancar-lhe uma comparação com Messi, acrescentando com um sorriso: "Queres apenas ouvir da minha boca que confirmo isso." Mas não o fez.
"Vê bem", continuou Kompany, imperturbável: "Lenny é Lenny." O entusiasmo é perfeitamente "normal", e quando passar, "vamos apoiá-lo. Queremos que se torne a melhor versão de Lennart Karl, não um novo Messi".
