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Patrocínio de empresa de armas gera revolta no Borussia Dortmund

Hans-Joachim Watzke, presidente do Borussia Dortmund
Hans-Joachim Watzke, presidente do Borussia DortmundBERND THISSEN/dpa Picture-Alliance via AFP

O presidente do Borussia Dortmund fez saber, esta segunda-feira, que pretende organizar uma consulta entre os 218 mil sócios do clube sobre o recente acordo de patrocínio assinado com o gigante alemão do armamento Rheinmetall.

"Gostaria de ter uma visão mais abrangente do que pensam os nossos 218.000 sócios", disse o presidente do BVB, Hans-Joachim Watzke, depois de os sócios do clube terem manifestado o seu descontentamento com o acordo de patrocínio, anunciado há meses.

Na assembleia geral do Borussia Dortmund, 556 participantes votaram contra o acordo, com 247 a favor e 52 abstenções.

O resultado desta consulta não é vinculativo para o clube, mas Watzke estava disposto a ter em conta "um sinal claro", disse à assembleia-geral de acionistas do clube.

O Dortmund e a Rheinmetall anunciaram no final de maio um acordo de patrocínio por três anos, cujo montante não foi divulgado, mas que se estima ser superior a 18 milhões de euros, pouco antes da final da Liga dos Campeões de 2024, em Londres, contra o Real Madrid (0-2).

Os resultados do Dortmund
Os resultados do DortmundFlashscore

O contrato foi criticado pelos adeptos, com faixas na Yellow Wall do Westfalenstadion. "Os nossos valores esmagados pelos tanques" e "Dinheiro primeiro, valores depois" foram lidos durante a estreia na Bundesliga contra o Eintracht Frankfurt.

No contexto do conflito na Ucrânia,o fabricante de equipamento para tanques tornou-se uma das principais empresas na Alemanha.

Com sede em Düsseldorf, não muito longe de Dortmund, o grupo entrou em 2023 para o seleto clube de 40 empresas do Dax, o índice de referência da bolsa de Frankfurt - uma estreia para uma empresa de armamento na Alemanha.