"Pauli e o Kiel apresentaram os mesmos argumentos que o Union Berlim", afirmou o presidente do Tribunal Federal, Oskar Riedmeyer.
"Nem o St. Pauli nem o Kiel vão receber pontos. O que está em causa é a restrição do 'imediatismo'. Seria um critério de interpretação demasiado amplo se todos os clubes pudessem interpor recurso. O círculo dos que podem recorrer não pode ser demasiado grande", acrescentou.
O St. Pauli anunciou que iria considerar "possivelmente tomar medidas contra esta decisão", porque não podia seguir o raciocínio, afirmou o clube da Bundesliga de Hamburgo na sua página de Internet.
O Kiel e o St. Pauli justificaram a admissibilidade do seu ponto de vista com o facto de "a regulamentação das normas legais e processuais se destinar precisamente a um caso destes". Este prevê uma constelação deste tipo, desde que as partes em causa "demonstrem um interesse legítimo direto na decisão".
"Apenas o interesse nos pontos"
A Comissão de Controlo da DFB e o Bochum também não consideraram admissíveis os recursos dos outros dois clubes.
"Esta interpretação conduz ao caos total", afirmou o advogado do Bochum, Christoph Schickardt - e acrescentou, em relação ao St. Pauli e ao Kiel: "Estão a confundir interesse legítimo direto com ser afetado. Eles só têm interesse em pontos".
O jogo do Köpenickers contra o Bochum ficou com um 0-2 contra os berlinenses, após um recurso do Bochum e uma audiência oral a 9 de janeiro. O guarda-redes do Bochum, Patrick Drewes, foi atingido por um isqueiro nos últimos momentos do jogo da liga, que tinha saído da curva dos adeptos de Berlim. Após uma longa interrupção pelo árbitro Martin Petersen, o jogo prosseguiu sem Drewes a 1-1 e terminou com um "pacto de não agressão" entre as duas equipas.