“Separar-se de um treinador após apenas dois jogos da liga é inédito”, afirmou o neerlandês esta segunda-feira, numa declaração divulgada através da sua agência, segundo o The Athletic. Ten Hag acrescentou que tinha a sensação de “que isto nunca foi uma relação baseada na confiança mútua”. A saída foi para ele “totalmente surpreendente”.
O sucessor de Xabi Alonso esperava, sobretudo, mais tempo para levar a cabo a renovação no clube da Renânia. “Um novo treinador merece espaço para implementar a sua visão, estabelecer padrões, moldar a equipa e imprimir o seu cunho ao estilo de jogo”, disse ten Hag. “Iniciei esta tarefa com total convicção e energia, mas infelizmente a direção não esteve disposta a dar-me o tempo e a confiança de que necessitava, o que lamento profundamente”.
De acordo com o diretor desportivo Simon Rolfes, apontado como o principal impulsionador da contratação falhada de ten Hag, os responsáveis do Bayer sentiram “que não estava a ir na direção certa. Antes de chegarmos ao destino errado, optámos por agir cedo”, explicou Rolfes, após o dececionante arranque de época, com apenas um ponto em dois jogos. Nenhum outro clube da história da Bundesliga tinha despedido tão rapidamente um treinador contratado no verão.
Ten Hag: “Aguentei até ao fim de todas as épocas e tive sucesso”
“Em toda a minha carreira, como treinador, concluí cada época até ao fim e tive sucesso”, disse ten Hag. “Os clubes que me deram a sua confiança foram recompensados com êxitos e títulos".
Ten Hag chegou a Leverkusen com vasta experiência. Conduziu o Ajax, de forma surpreendente, até às meias-finais da Liga dos Campeões e, no Manchester United, histórico campeão inglês, não conseguiu corresponder às expectativas entre julho de 2022 e outubro de 2024, acabando por sair antes do tempo. Ainda assim, venceu a Taça da Liga em 2023 e a Taça de Inglaterra em 2024 com o emblema inglês.