Recorde aqui as incidências do encontro
O empate foi desfeito pouco antes dos 30 minutos na sequência de uma bela jogada coletiva dos alemães: passe a rasgar de Mateo Kritzer para Said El Mala e a finalização perfeita do promissor avançado Max Moerstedt.

Mas a Espanha reagiu quase de imediato, com uma bela jogada de Pablo Garcia que acabou em pénalti após ser derrubado por Winners Osawe. Foi Antonio Cordero, ex-Málaga e reforço do Newcastle United, quem assumiu a responsabilidade pela cobrança, mas o remate foi defendido pelo guarda-redes alemão.
A Espanha foi para o intervalo obrigada a reagir, e teve de o fazer depois de ter desperdiçado uma oportunidade ideal para chegar ao golo do empate. Mas o futebol reserva sempre surpresas e, paradoxalmente, o golo do empate surgiu na sequência de um canto direto. O já referido Pablo rematou ao segundo poste de forma magistral (61').
Houve oportunidades para os dois lados com a igualdade, incluindo uma grande defesa de Raúl Jiménez, um esforço em vão porque pouco depois El Mala aproveitou um contra-ataque fantástico, aos 78 minutos.
Mas a equipa de Gallardo abraçou a epopeia graças ao avançado do Real Betis, que vestiu o manto de herói ao marcar mais dois golos nos descontos. A Alemanha, que parecia morta, levantou a cabeça aos 90+9 minutos e forçou o prolongamento num autogolo de Andrés Cuenca. A desgraça multiplicada ao cubo (3-3).
Quim Junyent, que já tinha assistido Pablo Garcia, continuou no papel de assistente do avançado do Betis, mas desta vez a sorte caiu nos pés de Tommy Marqués, que fez o 4-3 depois de o melhor jogador da tarde ter enviado a bola ao poste. Mas se há algo que os germânicos demonstraram é que são competitivos até ao fim: Moerstedt voltou a marcar aos 104 minutos e deixou tudo igual à entrada para o último quarto de hora. A defesa voltou a estar em apuros numa jogada com um desfecho cruel, porque um golpe de sorte voltou a marcar esse destino fatal.
E se Pablo García parecia ter agarrado as manchetes, Moerstedt fez o mesmo e colocou os alemães novamente em vantagem, aos 107', num jogo que será difícil de esquecer (4-5). Depois, Jan Virgili, que pouco antes tinha acertado na trave, fez o 5-5 para a alegria de uma multidão que também testemunhou o brutal póquer de Pablo Garcia aos 119 minutos.