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Portugal desperdiçou a vantagem conquistada por Rui Silva, aos 38 minutos, num dos raros lances ofensivos da Estónia, concretizado pelo mais esclarecido dos nórdicos, Skvortsov, aos 62, tropeçando num jogo em que era favorito.
Sob influência da Depressão Cláudia, Portugal acordou cinzento, mas, em Vila das Aves, o tempo pregou uma partida: não choveu, e os efeitos da depressão manifestaram-se apenas em campo. A Estónia, encolhida no seu meio-campo, ganhou o primeiro canto, enquanto Portugal, menos físico do que o adversário, venceu vários lances aéreos em ataque.
Mais alto do que os centrais da Estónia, ou no meio deles, Afonso Patrão logrou cabecear três vezes, numa delas, aos 13 minutos, levou a bola ao ‘ferro’ da baliza de Vainula, batido aos 38, numa cabeçada do central Rui Silva, na sequência de um canto da esquerda.
A superioridade lusa era evidente e, perante a defesa alargada dos estónios sem bola, Portugal tentava atrair o adversário a um corredor para, depois, libertar a bola no lado contrário, preferencialmente no direito, onde Daniel Costa e Sandro Vidigal estiveram muito ativos, especialmente no primeiro tempo.
Na única vez em que o combinado luso logrou espaço pelo meio, aos 30 minutos, Afonso Patrão ficou perto de finalizar, mas Vainula - que voltaria a reencontrar aos 54, imediatamente antes de o avançado bracarense ser substituído - levaria a melhor.
Portugal não apertava muito na pressão e trocava a bola sem grandes pressas, bem abaixo dos limites de velocidade, num ritmo que serviu tanto a quem gosta de controlar como a quem, com menos talento, prefere que tudo aconteça mais devagar.
E foi assim, contra a corrente, que os nórdicos chegaram ao empate, aos 62 minutos, num cruzamento bombeado para a área, com Salvador Blopa a perder a noção do lance e Skvortsov, atento e feliz, a bater Diogo Ferreira.
A formação comandada por Emílio Peixe acusou o golo e perdeu algum esclarecimento, com reflexo na fluidez da circulação e nos ataques, culminando num cabeceamento flagrante de Rui Silva aos 80 minutos, mas o resultado não voltaria a alterar-se.
Portugal é o país anfitrião do Grupo 11, também formado pela Macedónia do Norte e Bélgica - os belgas venceram o jogo de estreia por 1-0 e lideram o grupo com três pontos -, sendo que na próxima jornada defronta os macedónios, no sábado, em Paredes, antes de fechar o grupo diante dos belgas, na terça-feira, em Paços de Ferreira.
Os dois primeiros classificados de cada grupo, bem como o melhor terceiro classificado, juntar-se-ão à Espanha na Ronda de Elite, a realizar no início de 2026 e que determinará as sete nações que acompanharão o País de Gales na fase final, de 28 de junho a 11 de julho.
