Recorde as incidências da partida
Roberto Martínez mudou cinco jogadores em relação ao onze que empatou com a Hungria (2-2), com João Cancelo, Diogo Dalot, Gonçalo Inácio, João Neves e João Félix no onze inicial, nos lugares de Nélson Semedo, Renato Veiga, Nuno Mendes, Bruno Fernandes e Pedro Neto.
Entrada firme antes do sismo
Portugal entrou ao ataque desde o início e, aos 3 minutos, João Félix cruzou para Cristiano Ronaldo que, de costas para a baliza, tocou de calcanhar para defesa de Kelleher. Aos 7' Vitinha ganhou livre, por mão na bola de Cullen, mas Cristiano Ronaldo, aos 8', atirou contra a barreira, conquistando mais um canto para Portugal. Aos 10' novamente Ronaldo, desta vez após cruzamento de João Cancelo, a rematar de primeira mas muito por cima da baliza irlandesa.
De erro em erro até ao 1-0
Aos 14', num dos lançamentos longos irlandeses, Parrott conseguiu fugir pela direita, com Vitinha a cortar o cruzamento que podia levar perigo para a baliza de Diogo Costa, guarda-redes que, aos 17', falhou o passe, embrulhou-se com Parrott e cedeu canto. Na sequência dessa bola parada, surgiu o golo da Irlanda, com Scales a fugir a João Félix e a servir, de cabeça, Parrott, que também de cabeça encostou para a baliza e fez o 1-0.
Portugal acusou o golo sofrido e, aos 20', foi Azaz a rematar à figura de Diogo Costa. Aos 26', de meia distância, Rúben Neves rematou para defesa a dois tempos de Kelleher. No minuto seguinte Gonçalo Inácio descobriu Cristiano Ronaldo, mas o remate do capitão saiu sem perigo. Aos 31', também de meia distância, João Neves rematou cruzado mas ao lado. Depois, aos 37', foi de cabeça, após cruzamento de Rúben Dias, que João Félix atirou por cima da baliza irlandesa.
Novo susto, agora no ferro
Aos 38 minutos, nova corrida da Irlanda, nova transição ofensiva, e Ogbene, da esquerda, a fugir a Rúben Dias e a rematar cruzado e ao poste da baliza de Diogo Costa. Na resposta, aos 39', Vitinha rematou para defesa de Kelleher e, na confusão, resultou mais um canto para a Seleção Nacional. Na sequência da bola parada, e após cruzamento de Vitinha, Diogo Dalot aproveitou um ressalto para encher o pé, com a bola a sair a rasar a barra da baliza de Kelleher.
Aos 43' novo cruzamento de Rúben Dias, com Cristiano Ronaldo a falhar o remate, com Portugal a conquistar novo canto, onde João Félix rematou contra a muralha defensiva e, na recarga, Diogo Dalot conquistou mais uma bola parada, que viria a culminar com nova tentativa de Félix, desta vez por cima.
Mais um soco antes do intervalo
Em cima dos 45 minutos, num ataque aparentemente inofensivo, Parrott voltou a ludibriar a defesa de Portugal e a rematar para bater Diogo Costa e aumentar ainda mais a surpresa em Dublin, com o bis e o 2-0 no marcador. O golo ainda foi ao VAR, valeu mesmo, e nos dois minutos de compensação não mais Portugal voltou a assustar Kelleher.

Duas mudanças... na defesa
Para a segunda parte Roberto Martínez lançou Nélson Semedo e Renato Veiga, tirando João Cancelo e Gonçalo Inácio, e logo aos 47' Vitinha teve o golo nos pés, após um desvio de Renato Veiga, ao primeiro poste, após canto, mas o médio do PSG falhou o remate.
Vermelho direto a CR7
Aos 54 minutos foi Cristiano Ronaldo a rematar cruzado, à entrada da área, com João Neves ainda a tentar o desvio, numa bola que saiu muito ao lado. Aos 59' o capitão português viu amarelo, após uma cotovelada em O'Shea na área da Irlanda, mas o árbitro foi ao VAR rever as imagens e expulsou mesmo Cristiano Ronaldo, com vermelho direto. Ronaldo aplaudiu o público, ainda trocou umas palavras com o selecionador irlandês e recolheu aos balneários.
Reduzido a dez, Roberto Martínez lançou Francisco Trincão e Rafael Leão, aos 63 minutos, tirando Bernardo Silva e João Félix. Aos 64' foi novamente Ogbene a ganhar espaço e, à entrada da área de Portugal, a rematar para Renato Veiga desviar para canto.
Aos 68 minutos saiu na Irlanda o herói do jogo, Parrott, bem como Taylor, para as entradas de Coventry e Idah. Aos 71' Rúben Dias serviu Diogo Dalot, que cruzou em busca de Rafael Leão, que não chegou para o desvio. Aos 75' foi Azaz a ganhar espaço e a rematar, para desvio em Rúben Dias e novo canto para a Irlanda. Aos 78', eis que enfim entrou o ponta de lança de Portugal, Gonçalo Ramos, substituindo João Neves, com Azaz a sair no minuto seguinte, na Irlanda, para dar o lugar a Ebosele.
Braços atados até ao apito final
Aos 86' Johnston ainda entrou na Irlanda, ocupando o lugar de Ogbene, com Dunne no lugar de Scales, antes de Dalot rematar para nova interceção da defesa irlandesa, seguindo-se ocasião clara para Gonçalo Ramos, que recebeu de peito e rematou para enorme intervenção de Kelleher, aos 88 minutos, antes de Rúben Neves, aos 90+4', atirar para nova intervenção do guarda-redes irlandês.
A verdade é que, após a expulsão de Cristiano Ronaldo, qualquer hipotética reação de Portugal caiu por terra, com o jogo a arrastar-se até final, perante a motivação da Irlanda, que ainda fez mais aproximações à baliza de Diogo Costa, sobretudo a de Johnstone, aos 90', para corte de Rúben Dias, e com os jogadores lusos enredados na teia que eles próprios foram montando.
Com esta derrota Portugal mantém a liderança do Grupo F, com os mesmos 10 pontos, apenas mais dois que a Hungria e mais três que a Irlanda. A Seleção Nacional decide tudo no domingo, no Estádio do Dragão, perante a já eliminada Arménia (e sem Cristiano Ronaldo), com Hungria e Irlanda numa autêntica final pelo outro lugar de apuramento, via play-off ou direto.
Homem do jogo Flashscore: Troy Parrott (Irlanda)
