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Esta pequena ilha, parte autónoma dos Países Baixos e com uma população pouco superior a 150.000 habitantes, está prestes a tornar-se o país mais pequeno de sempre a conseguir a qualificação para o Mundial, caso evite a derrota no último jogo do Grupo B, em Kingston, na terça-feira.
Se tal não acontecer, Jamaica, orientada pelo antigo selecionador de Inglaterra, Steve McClaren, terminará no topo e avançará para a fase final do próximo ano, nos Estados Unidos, Canadá e México.
Advocaat, de 78 anos, que já treinou sete outras seleções ao longo da sua extensa carreira, chegou com a equipa a Kingston no fim de semana, mas teve de partir quase de imediato, por motivos que a federação de Curaçau classificou como "razões familiares".
Num comunicado, Advocaat afirmou: "É uma decisão muito difícil ter de deixar os rapazes aqui. Tomei esta decisão com o coração pesado, mas a família é mais importante do que o futebol. A partir dos Países Baixos, vou manter contacto próximo com a equipa técnica e tenho total confiança neste grupo de jogadores."
"É uma má notícia para nós, mas compreendemos que a família está sempre em primeiro lugar", disse o guarda-redes Eloy Room, um dos 22 futebolistas nascidos nos Países Baixos que integram o plantel de Curaçau, à televisão neerlandesa NOS.
"Mas isso não alterou nada para nós nem para o nosso objetivo. Começámos todos juntos e agora queremos terminar juntos. O treinador não precisa de se preocupar, vamos dar tudo frente à Jamaica", acrescentou o capitão Leandro Bacuna numa entrevista ao diário holandês Algemeen Dagblad, na segunda-feira.
Curaçau lidera o grupo com um ponto de vantagem, depois de uma vitória fora por 7-0 sobre as Bermudas na última quinta-feira, enquanto a Jamaica empatou 1-1 em Trindade e Tobago.
"Percorremos um longo caminho. Lembro-me de estar num aeroporto sem voo marcado para nós. Pensei: 'Como vamos regressar a casa depois de um jogo da seleção?' Mas agora tudo está devidamente organizado e temos uma seleção forte", disse Bacuna, que disputou a final da Taça de Inglaterra em 2015 pelo Aston Villa.
"Isto é muito maior. Na altura jogávamos por um clube, agora é pelo nosso país. Não há comparação possível. Vamos dar tudo pelo país e pelo nosso treinador Dick Advocaat", rematou.
