Com cinco pontos, os chilenos estão em segundo lugar entre dez seleções, à frente apenas do Peru, que tem três pontos.
Graças à altitude de 4.150 m de El Alto, a Bolívia subiu para o oitavo lugar nas eliminatórias, com seis pontos , após a goleada de 4-0 sobre a Venezuela na última jornada.
O jogo será disputado na terça-feira, no Estádio Nacional de Santiago, e será apitado pelo paraguaio Juan Benítez.
Na América do Sul, seis seleções classificam-se diretamente para o Mundial-2026 e a sétima vai para uma repescagem contra uma equipa de outra confederação.
Pouca marcação e fragilidade na defesa
Na última partida, contra a Argentina, o Chile esteve mal no ataque e muito fraco na defesa, uma tendência que se manteve em todas as sete jornadas das eliminatórias.
É a segunda pior defesa, com 10 golos sofridos, e a terceira seleção com menos golos marcados, apenas três. O adversário, a Bolívia, marcou em oito ocasiões.
Um problema que parecia ter ficado para trás com a chegada do técnico argentino Ricardo Gareca em janeiro, mas que voltou com força total quando os jogos oficiais chegaram e, mais uma vez, houve poucos golos.
Embora o início tenha sido auspicioso, com duas vitórias por 3-0 contra Paraguai e Albânia, e uma derrota por 3-2 contra a França, o Chile não conseguiu marcar na última Copa América e, na última partida das eliminatórias, na semana passada, contra a Argentina, em Buenos Aires, foi derrotada por 3-0.
Contra os campeões do mundo, os chilenos tiveram apenas um remate à baliza.
Agora ou nunca?
O Chile só poderá recuperar nas eliminatórias com uma vitória contra a Bolívia.
Na próxima partida, o país terá a difícil tarefa de receber o Brasil e viajar para enfrentar a Colômbia.
"Os jogadores têm todos os argumentos para se levantar. Não tenho dúvidas de que a equipa vai reagir", afirmou Gareca.
O Chile não contará com um dos seus jogadores mais decisivos, o veterano avançado Alexis Sánchez, que ficou de fora por lesão.
O avançado Eduardo Vargas (34), um dos últimos remanescentes da "Geração de Ouro" que venceu a Copa América de 2015 e 2016, comandará o ataque contra a La Verde.
Pela primeira vitória
Embora jogar em casa na altitude seja bom para o país, o retrospeto da Bolívia fora de casa deixa muito a desejar.
A seleção do Altiplano nunca venceu em oito visitas ao Chile e só conseguiu dois empates. Os últimos empates aconteceram nas últimas eliminatórias.
Mas não são apenas os números contra o Chile que pesam contra a Bolívia. A última vitória fora de casa contra qualquer país nas eliminatórias foi em 1993, quando goleou a Venezuela por 7-1.
Contra o Chile, o técnico Oscar Villegas já reconheceu que a seleção não terá o mesmo desempenho avassalador visto no estádio Villa Ingenio, na cidade de El Alto.
"Vamos fazer um jogo em que tentaremos não sofrer golos e, quando tivermos a bola, tentaremos ser ofensivos", admitiu Villegas antes da partida.
Onzes prováveis:
Chile: Gabriel Arias - Mauricio Isla, Matías Catalán, Paulo Díaz, Gabriel Suazo - Erick Pulgar, Vicente Pizarro, Carlos Palacios - Víctor Dávila, Eduardo Vargas, Darío Osorio. Técnico: Ricardo Gareca.
Bolívia: Carlos Lampe - Diego Medina Roman, Luis Haquin, Marcelo Suarez - Yomar Rocha, Robson Tome, Lucas Chavez, Roberto Fernandez - Henry Vaca, Carmelo Algarañaz e Miguel Terceros. Técnico: Oscar Villegas.