As relações entre a RFEF e o Barcelona romperam-se definitivamente devido à inesperada saída de Lamine Yamal da concentração de Espanha devido a um procedimento médico ao qual terá sido submetido para tratar a sua pubalgia, sem que os médicos da Federação tivessem sido informados.
Perante a surpresa generalizada, o reconhecido médico espanhol Pedro Luis Ripoll procurou esclarecer o sucedido, pelo menos no que diz respeito ao ponto de vista clínico.
"A pubalgia que Lamine apresenta provoca dor, e essa dor foi tratada recentemente através de uma técnica minimamente invasiva que consiste na introdução de agulhas na zona afetada, que transmitem ondas electromagnéticas de alta frequência com o objetivo de atuar nos nervos para reduzir a transmissão da dor, melhorar o fluxo sanguíneo para diminuir a inflamação e aumentar a mobilidade da área", explicou.
Longa duração
Por agora, Ripoll apelou à prudência, já que não se trata de um problema de resolução simples.
"É uma técnica que não cura a lesão, mas que é paliativa, eliminando a dor. Ou seja, o jogador continua a lidar com uma lesão de longa duração. Não partilho o entusiasmo dos últimos jogos em que o atleta apresentou melhorias, pois consideramos que o prognóstico é a longo prazo e o tratamento passa por gerir cuidadosamente a sua participação", afirmou.
"No entanto, se existir uma hérnia do desportista ou já houver danos ósseos na inserção com o tendão, a probabilidade de intervenção cirúrgica aumenta. É a luta de um jovem de 18 anos para evitar a cirurgia e retomar a sua carreira", concluiu.
