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Confederação Brasileira de Futebol vai apresentar queixa por racismo após denúncia de Rodrygo

Seleção do Brasil antes do jogo com a Argentina
Seleção do Brasil antes do jogo com a ArgentinaProfimedia
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou esta sexta-feira que vai intentar uma ação judicial contra os autores de mensagens racistas publicadas na Internet, dirigidas ao seu presidente e aos jogadores da seleção brasileira, na sequência da derrota de terça-feira por 0-1 frente à Argentina.

"A CBF vai tomar medidas legais contra os envolvidos nesses ataques a jogadores, adeptos e ao presidente (da confederação) Ednaldo Rodrigues", diz o organismo em comunicado.

O avançado Rodrygo, do Real Madrid, já havia denunciado ataques racistas nas redes sociais na quinta-feira, e recebeu o apoio de outras estrelas brasileiras, como Neymar e Vinicius.

Os ataques denunciados pela CBF comparavam os brasileiros a macacos e visavam diretamente Ednaldo Rodrigues, o primeiro presidente negro da federação de futebol pentacampeã do mundo.

No Brasil, o racismo é um crime punível com até cinco anos de prisão.

"Tomaremos todas as medidas necessárias sempre que ataques desse tipo voltarem a ocorrer, e não haverá tréguas", insistiu a CBF.

O "superclássico" contra os atuais campeões mundiais ficou marcado por confrontos no estádio do Maracanã, que atrasaram o pontapé inicial em meia hora.

A polícia teve de intervir com força para acabar com os confrontos entre adeptos dos dois países, que acabaram por ficar na mesma bancada devido à falta de estacionamento exclusivo para visitantes.

No Mundial Sub-17, que está a ser jogado na Indonésia, a Argentina eliminou o Brasil por 3-0 nos quartos de final, esta sexta-feira. Publicações sobre a partida, feitas pela CBF ns suas redes sociais, foram alvo de diversos comentários racistas de internautas.