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Abel Ferreira vs Renato Paiva: Amizade, caos e ordem nos oitavos do Mundial de Clubes

Abel Ferreira e Renato Paiva vão lutar pela vaga nos quartos
Abel Ferreira e Renato Paiva vão lutar pela vaga nos quartosCesar Greco/Palmeiras/Vitor Silva/Botafogo
Para além da rivalidade recente, o duelo entre Palmeiras e Botafogo este sábado, em Filadélfia, traz consigo um detalhe mais ameno e cordial: a amizade entre os compatriotas Abel Ferreira e Renato Paiva, representantes da leva de treinadores portugueses no futebol brasileiro. Os dois são parceiros de longa data e já partilharam, inclusive, opiniões táticas sobre adversários.

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Quando ainda estava à frente do Independiente del Valle, do Equador, Renato Paiva chegou a fazer uma videochamada com Abel para dicas sobre o Grémio na fase de qualificação da Libertadores de 2021. 

Uma opinião que se mostrou extramemente valiosa, já que o emblema equatoriano conseguiu despachar o Tricolor, que havia perdido a final da Taça do Brasil para o Palmeiras de Abel pouco antes. 

Renato Paiva durante partida histórica contra o PSG
Renato Paiva durante partida histórica contra o PSGVitor Silva/Botafogo

A troca de mensagens é constante entre os dois, como apontou o próprio Renato Paiva. 

"Quando ele (Abel) ganhou a Libertadores, eu disse que, de facto, era um orgulho para um treinador português ver o que ele estava a fazer, num contexto tão difícil como é o Brasil. Quando ele ganhou a Libertadores pela segunda vez, disse que o difícil era continuar a ganhar. Curiosamente, naquele jogo inacreditável contra o Botafogo, em que ele conseguiu a reviravolta por 4-3, eu elogiei-o muito pelo espírito daquela equipa, algo que hoje se mantém. Nada é impossível para eles", disse o técnico da equipa carioca à imprensa. 

Mais recentemente, Renato Paiva recebeu uma mensagem afetuosa do rival deste sábado, após a vitória sobre o PSG. Uma amizade que permite despertar até brincadeiras do sempre compenetrado técnico português. 

A antevisão do encontro
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"Ele (Abel) mandou uma mensagem agora, exatamente nas mesmas condições. Sendo um treinador português, ele ficou muito feliz pelo feito, que é importantíssimo para o futebol brasileiro. Peço desculpas ao Abel pela inconfidência, mas creio que ele não irá zangar-se. E se zangar, paciência, ele vai levar um amarelo. Também... Ele já está habituado (risos). Ele sabe que eu sou brincalhão", atirou Renato Paiva. 

"Mas foi, de facto, uma mensagem muito bonita, de um treinador orgulhoso, que é português, mas que trabalha no Brasil. Esses momentos deixam-me feliz, de ser reconhecido por pessoas que fazem exatamente as mesmas coisas e que têm um nível muito alto enquanto profissional", ressaltou Paiva. 

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Ouça o relato no site ou na appFlashscore

Caos e ordem

O confronto deste sábado será, acima de tudo, uma batalha à beira do relvado, com dois treinadores que vão procurar neutralizar as principais armas de cada uma das equipas. Abel já tem na cabeça o abecedário do encontro com o amigo. 

"O Renato mostrou muito bem aquilo que ele vê quando jogou contra equipas de nível superior. Acho que já tivemos muito essa discussão, não custa nada reconhecer quando uma equipa é melhor que a tua e reforçar o meio-campo. Foi isso que ele fez, jogou com três ali no meio-campo. E quando ele não quer jogar com três mais de equilíbrio, joga com um 5, um 8 e um 10 e dá uma largura para o lado esquerdo. Portanto, isto é o que ele tem feito", analisou Abel Ferreira. 

"O futebol anda sempre entre o caos e a ordem. Nós vamos procurar ter ordem no jogo, e provocar o caos. Procurar desequilibrar o nosso adversário por meio de dinâmicas, essa vai ser nossa intenção, esse vai ser o nosso foco, isso é o que eu vou dizer aos meus jogadores. Desde o primeiro ao último segundo, vamos por em prática aquilo que treinamos", observou o treinador do Palmeiras

Mas Abel sabe que não terá vida fácil do outro lado. O seu próprio amigo faz o alerta. "Ele sabe que a minha equipa é difícil de derrubar", pontuou Renato Paiva. 

"Vai ser um jogo muito tático, estratégico e atenção! Pode ser assim não pelos treinadores, mas a partir dos próprios jogadores lá dentro, porque eles já têm conhecimento do jogo, do adversário, e eles podem encontrar as suas estratégias dentro do campo, encontrar as suas sinergias e tomar as próprias decisões. Nós (técnicos) só influenciamos e tentamos não estragar", concluiu o técnico do Botafogo. 

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