Recorde as incidências da partida
Muitas vezes referido como "o jogo bonito", o futebol tem o hábito de perturbar o status quo e escrever narrativas alternativas que abrem possibilidades incalculáveis.
Início rápido no Estádio Camping World
Ao entrarem no relvado do Estádio Camping World, as duas equipas sabiam que, caso saíssem vitoriosas, enfrentariam Chelsea ou Palmeiras na meia-final.
A apenas 180 minutos de uma possível vaga na final - tão perto, mas tão longe.
Um impecável minuto de silêncio em homenagem à memória de Diogo Jota e do seu irmão, André Silva, foi respeitado imediatamente antes do pontapé inicial, e talvez não seja surpresa que o jogo tenha começado em ritmo acelerado, com as duas equipas - invictas no torneio até agora - a procurar exercer algum domínio inicial.
Ruben Neves voltou a ser chamado a jogar no centro da defesa para desempenhar um papel híbrido de "quarterback", onde poderia influenciar o jogo através de bolas lançadas pelas linhas ou por cima.
Logo aos cinco minutos, o plano de jogo do Al Hilal era óbvio, com a bola a ser espalhada pelos extremos e pelos laterais que apoiavam o ataque.
No centro da defesa do Fluminense, Thiago Silva, de 40 anos, usava toda a sua habilidade e experiência para manter Marcos Leonardo e Malcom afastados.
Meio-campo congestionado dificultava futebol de movimentação
Os brasileiros adotaram um estilo de jogo mais ponderado no ataque, em contraste com a velocidade com que o Al Hilal avançava.
O meio-campo congestionado foi um dos principais responsáveis pela falta de ocasiões de golo, com Moteb Al Harbi particularmente ocupado à medida que nos aproximávamos dos 10 minutos.
A essa altura, o craque do Al Hilal já se havia envolvido em quatro duelos individuais e vencido todos. Sergej Milinkovic-Savic, que também tinha sido diligente desde o apito inicial, recebeu o primeiro cartão amarelo com uma falta tática, mas a cobrança resultante e o canto subsequente foram desperdiçados pelo Fluminense.
João Cancelo e Mohamed Kanno estavam a trabalhar bem os seus adversários, com uma precisão de 100% nos passes, mas uma linha de cinco comandada por Silva estava a revelar-se demasiado difícil de quebrar.
À medida que o jogo se aproximava da meia hora, era notório como ambas as equipas estavam mais abertas, o que tornava o jogo mais divertido, embora ainda sem golos no marcador.
O Fluminense ficou em dívida com Ignacio, que desviou a bola para longe do perigo quando Kalidou Koulibaly tentava marcar o seu segundo golo na competição após um canto.
O jogador de 28 anos teve 90,9% de acerto nos passes e participou em sete duelos, evidenciando uma atuação completa.
A cinco minutos do intervalo, um mau alívio de João Cancelo acabou por chegar a Matheus Martinelli, que girou e rematou de pé esquerdo para o ângulo superior, sem hipóteses para Yassine Bounou.
Foi um golo digno da ocasião e que acendeu o rastilho.
O Al Hilal, que teve 70,8% de posse de bola nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, voltou a atacar e o cabeceamento forte de Koulibaly parecia ter empatado a partida, mas o guarda-redes Fábio, de 44 anos, atirou-se para a esquerda e fez uma defesa de classe mundial.

Penálti anulado enquanto o Al Hilal aumentava a pressão
Já nos descontos da primeira parte, Marcos Leonardo foi derrubado na área, mas a decisão original de penálti foi anulada após uma revisão do VAR, garantindo que ainda não tivessem tido nenhum remate à baliza antes do intervalo e significando que o Fluminense terminou os primeiros 45 minutos com a pequena vantagem.
A equipa da Saudi Pro League voltou a tomar a iniciativa logo após o intervalo, Renan Lodi teve um remate bloqueado e o número total de dribles da equipa subiu para 11.

O Al Hilal, apesar de todo o seu jogo ofensivo, estava a ter dificuldades em abrir caminho para uma defesa compacta, mas o remate cruzado de Ruben Neves quase deu frutos.
No canto do médio português, cinco minutos depois do intervalo, Koulibaly cabeceou ao segundo poste e a bola caiu nos pés de Marcos Leonardo, que finalmente empatou a partida, e não foi mais do que o merecido.
O terceiro golo do Al Hilal nos primeiros 15 minutos da segunda parte foi mais do que qualquer outra equipa no Mundial de Clubes de 2025.
A posse de bola continuava praticamente igual (46,4% do Fluminense, um pouco pior do que os 53,7% dos sauditas), mas os níveis de decibéis tinham subido um ou dois patamares, já que a ação no campo fluía de ponta a ponta.
Uma defesa absolutamente sensacional de Bounou aos 54, no mano a mano com Cano, deixou os torcedores boquiabertos, mantendo os brasileiros com apenas um remate à baliza e ajudando a sua equipa a manter-se no ataque.
Aos 60 minutos, o jogo transformou-se numa emocionante partida de xadrez, com cada jogada a ser cuidadosamente pensada por ambas as equipas.
Hércules colocou Fluminense na frente contra a corrente do jogo
A contagem de cantos do Al Hilal continuava a aumentar, causando todo o tipo de problemas aos adversários que começavam a recuar.
A meio da segunda parte, apenas 262 passes tentados não ajudavam o Fluminense a subir no terreno e a ganhar o jogo, sobretudo quando jogadores como Nonato (78,9%) e Samuel Xavier (77,8%) se desleixavam na posse de bola num período crucial.
E foi então que, contra a corrente do jogo, Hércules recuperou a posse de bola em território do Al Hilal e aproveitou uma assistência de Samuel Xavier para marcar a 20 minutos do fim - a quarta vez que um suplente do Fluminense marca neste torneio.
19 alívios feitos pelos brasileiros foram prova suficiente de uma atuação de costas contra a parede, enquanto os jogadores sauditas começaram a parecer um pouco desgastados na etapa final, com Ruben Neves e João Cancelo a perderam a bola 26 vezes.
Nos últimos instantes do jogo, a pressão incessante do Al Hilal foi marcada por uma série de cruzamentos (31 no total até ao apito final), e oito dos 14 remates foram feitos de dentro da área.
Dois penáltis no final do jogo também poderiam ter sido assinalados, mas não foi o que aconteceu. Os brasileiros mantiveram a calma e tornaram-se a primeira equipa apurada para as meias-finais.
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