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Análise: Quando mais se torna menos no ataque no Benfica

Belotti persegue a bola frente a um defesa do Boca Juniors
Belotti persegue a bola frente a um defesa do Boca JuniorsSL Benfica
Em desvantagem contra o Boca Juniors, Bruno Lage juntou Belotti e Pavlidis na frente. Desde que o avançado italiano chegou, foram sete os jogos em que partilharam a frente de ataque, mas os resultados nem sempre positivos.

No século XIX, Ludwig Mies Van der Rohe, um dos pais da arquitetura moderna, utilizou uma expressão para explicar a corrente minimalista: “Menos é mais”. Avançando até 2025, Bruno Lage parece advogar uma máxima diferente, mas com resultados menos positivos.

Na madrugada desta terça-feira, em desvantagem contra o Boca Juniors, no Mundial de Clubes, o treinador do Benfica lançou Belotti para o lado de Vangelis Pavlidis, começando a segunda parte com dois avançados – como Luís Nascimento tinha avisado ao intervalo.

A experiência durou 27 minutos, mas foi o suficiente para perceber que não teve resultados práticos. Durante toda a segunda parte, o Benfica fez dois remates enquadrados à baliza – o golo e um disparo de Álvaro Carreras que Marchesín segurou, sendo que ambos aconteceram quando o avançado italiano já não estava em campo (expulso aos 72’)

Pese embora a maior presença na área e um Boca Juniors num bloco mais baixo, o Benfica raramente conseguiu fazer chegar a bola à área. Em conjunto, Pavlidis e Belotti tocaram a bola na área por seis vezes (cinco do grego, uma do italiano).

Os toques de Belotti na zona ofensiva
Os toques de Belotti na zona ofensivaOpta by Stats Perform
Os toques de Pavlidis na zona ofensiva
Os toques de Pavlidis na zona ofensivaOpta by Stats Perform

Para se ter uma comparação, Otamendi tem três toques na área adversária, na sequência de bolas paradas. Um sinal claro de uma equipa de Bruno Lage que tem dificuldades em ataque organizado.

Os toques de Otamendi no ataque
Os toques de Otamendi no ataqueOpta by Stats Perform

Rendimento

Desde que Belotti chegou, em janeiro, partilhou o campo com Pavlidis em sete ocasiões. E durante o tempo que os dois avançados estiveram no relvado ao mesmo tempo, o Benfica só marcou três golos.

Na última jornada da Liga, Belotti entrou aos 59’ e Pavlidis marcou aos 63’ para garantir o empate com o SC Braga (1-1). Na goleada ao AFS (6-0), o italiano entrou aos 67’, marcou aos 71’ e o grego saiu aos 77’. Por último, no jogo com o Arouca (2-2), Pavlidis marcou aos 80’, quatro minutos depois de Belotti ter sido lançado.

Com Boca Juniors (2-2), Sporting (1-1), Barcelona (3-1) e Barcelona (0-1), os dois partilharam a frente de ataque em momentos que o Benfica precisava de garantir um bom resultado, mas não tiveram efeito prático, já que os encarnados não conseguiram marcar e somaram resultados menos positivos.

De resto, se juntarmos tudo, o Benfica venceu apenas um dos sete jogos em que utilizou a dupla de avançados. Sendo que na goleada ao AFS, a partida já estava resolvida (4-0) quando Lage optou por juntar Belotti a Pavlidis.

No fundo, mais está a ser menos no Benfica.

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