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Anselmi analisa "grupo forte" no Mundial de Clubes e elogia Gabri Veiga: "Veio com muita fome"

Anselmi, treinador do FC Porto
Anselmi, treinador do FC PortoFC Porto
A poucos dias da estreia do FC Porto no Mundial de Clubes, marcada para domingo, dia 15 de junho, às 23:00, Martín Anselmi, técnico dos azuis e brancos, deu uma entrevista à DAZN onde traçou os objetivos da equipa na competição e falou ainda do reforço Gabri Veiga.

Mundial de Clubes: "É uma competição diferente em que, ao se jogar num só local e com este formato de Mundial, todos os jogos vão ter muita intensidade. Os detalhes vão ser muito importantes, não há margem para errar porque é uma fase de grupos e já sabemos como é este tipo de competições em que é necessário ganhar para se poder seguir em frente. Estamos contentes por estarmos aqui a representar o FC Porto, por termos o privilégio e o prestígio de encarar esta competição com as cores do FC Porto. A nível pessoal, estou a desfrutar muito de estar aqui com o grupo, desta dinâmica de ir ao hotel, de vir treinar, de preparar os jogos e de estarmos juntos. Acho que nos faz bem e ajuda a melhorarmos".

Grupo: "É um grupo forte. O Palmeiras é uma das maiores equipas da América do Sul, tem um treinador com experiência que sabe o que é ganhar títulos importantes como a Libertadores, a Recopa e o Brasileirão. Ganhar o Brasileirão é muito complexo, é uma competição em que não há margem de erro e na qual dez ou 12 equipas têm a possibilidade de ser campeãs porque têm plantéis muito fortes. Sabemos dos nomes que tem o Inter Miami e a experiência que tanto os jogadores como o treinador aportam. O Al Ahly é um dos clubes mais fortes do continente africano, uma equipa que é intensa, não vai dar nenhuma bola como perdida, vai lutar em cada lance. Além disso, o jogador egípcio é um jogador técnico, então vai ser uma batalha dura. Antecipo três desafios muito difíceis e, sobretudo, como há sempre algo em jogo e não há margem para o erro, acho que se vão definir em detalhes".

Objetivos: "Nós temos claro que precisamos de pensar jogo a jogo e competir ao máximo em cada encontro. Quando falo em competir, é justamente estar focado no presente. Se nós nos afastamos do presente, vamos estar longe de competir. Não podemos ir já com a cabeça no jogo seguinte nem no resultado. Podemos estar a ganhar e isso não significa que devemos relaxar, tal como, se estivermos a perder, não devemos desesperar. Cada duelo é um mundo à parte, temos que encará-lo, saber geri-lo e ser inteligentes para competirmos sempre. Queremos competir e estamos cientes de que, se competirmos como nós sabemos, vamos estar muito mais perto do objetivo que é ir avançando no Mundial".

Tática: "Em primeiro lugar, não gosto da palavra impor. Temos uma essência na hora de jogar e fazemos habitualmente o mesmo, que é ser protagonistas: gostamos de ter a bola, de controlar o jogo com bola, de tentar ser intensos e recuperar o mais cedo possível. Gosto de equipas inteligentes que sabem que, quando não puderem recuperar nessa primeira instância, devem agrupar, viajar juntas, esperar o momento e saltar para pressionar. Acho que é muito importante no futebol atual entender qual é o momento de pressão e ir intenso, de saltar de trás e ter essas ajudas em que, se não rouba o primeiro, rouba o segundo ou rouba o terceiro, forçar o erro do rival. Acho que é extremamente importante e depois gosto que tenhamos a bola e que ataquemos encontrando as vantagens que te pode dar o adversário em cada ação. Pode ser um espaço, uma superioridade numérica, mas sem entrar no desespero de forçar".

Evolução do plantel: "Cada ação tem uma vantagem diferente, há ações em que temos vantagem no espaço, outras em que temos um homem livre, pode haver uma superioridade numérica e temos que saber encontrá-la. Não acho que é agora no Mundial que se vai ver isso, já se tem visto isso no FC Porto. No último jogo em casa (contra o Nacional), encontrámos essa vantagem sem desesperar. Conseguimos atrair o rival, encontrar a superioridade que havia na última linha, jogar com o Samu e captar com o Fábio. Num lance, o Fábio consegue arrastar o adversário, no seguinte o Samu vai no espaço e termina em penálti. Estamos a evoluir como queremos. Depois, acho que esta situação é híbrida pois nem é uma nova época, nem o final da anterior, há um pouco de cada e nós continuamos os mesmos. Chegou o Gabri Veiga, mas os restantes são os mesmos, então acho que o Mundial de Clubes não marca o arranque de uma nova época, mas sim a oportunidade de voltarmos a encontrar-nos e a competir, sempre com o intuito de deixarmos a melhor imagem possível como sempre".

O calendário do FC Porto
O calendário do FC PortoFlashscore

Gabri Veiga: "Tem muitas qualidades. Todos sabemos a qualidade que tem e como jogava antes de sair para a Arábia, também vimos o desempenho dele nestes últimos dois anos e acho que ele vem com essa sede de vingar e de querer voltar a demonstrar que está capacitado para jogar no futebol europeu. Vem com muita fome, algo que eu valorizo, tem muita vontade. Desde o primeiro minuto frisou que se queria integrar na equipa, não queria ir de férias, queria estar rapidamente com o grupo. É um jovem muito inteligente na hora de ouvir e entender o jogo, foi formado num clube que forma bem os jogadores e isso para mim é importante. Queremos que se integre cada vez melhor e que se sinta bem".

Clube e cidade: "O Porto é uma cidade importante, com muito tráfego e de distâncias mais longas. O que eu gosto no Porto é essa tranquilidade em que posso sair de bicicleta com os meus filhos, gosto de ir buscar o meu filho ao colégio de bicicleta, isso na Cidade do México era impensável. Voltamos pelo mar, fazemos a costa a olhar para o mar, são detalhes que valorizo. Às vezes, quando vou com ele, tenho vontade de parar e falar sobre esta realidade que estamos a viver. A comida é espetacular, tal como as pessoas e a paixão que têm pelo FC Porto. Falam muito comigo, transmitem-me sempre o que é o FC Porto. Tenho isso muito claro desde o primeiro dia, o que é ser adepto do FC Porto, como é o adepto do FC Porto e gosto muito desse tipo de paixão, do adepto que exige, que quer que dês tudo pela camisola, lutes até o final e não te entregues. A cidade transmite tudo isso, além de ter também as partes históricas e pitorescas. Os meus pais visitaram-me e fomos a esses lugares que nem tinha visto ainda, mas que são muito acolhedores. Estamos muito confortáveis e felizes no Porto".

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Estádio do Dragão: "Cada vez que entro no Estádio do Dragão, é algo especial, seja para jogar ou apenas para mudar de roupa e ir para estágio. Fico sempre arrepiado com a magnitude do clube que represento e com o quão sortudo sou por poder estar aqui. Isso dá-me a energia de que preciso para defender estas cores. Vim pela primeira vez aqui a um jogo contra o Santa Clara, ainda não estava no banco e pude viver a atmosfera do Dragão, fiquei com pele de galinha. Fico assim cada vez que me sento no banco de suplentes, ouço o hino e vejo a multidão a cantar. Não é algo que eu consiga absorver nem quero, é fantástico sentir-me assim".

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