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Anselmi elogia Abel e abre o onze a Cláudio e Gabri: "Quando o jogador é bom adapta-se rápido"

Atualizado
Anselmi quer pensar num jogo de cada vez
Anselmi quer pensar num jogo de cada vezMANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA
O treinador do FC Porto fez a antevisão à jornada inaugural do Mundial de Clubes, agendada para domingo, às 23:00 (hora de Lisboa), frente ao Palmeiras, de Abel Ferreira.

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O que espera do Palmeiras: "Conheço muito bem a equipa, venho da América do Sul e conheço a grandeza e palmarés de um clube como o Palmeiras. Vai ser um duelo intenso, têm um grande treinador, neste tipo de competições cada jogo é importante porque não há muita margem de erro. Espero um bom jogo, duas equipas que vão pensar na baliza contrária e que querem os três pontos".

Jogo mais especial da carreira?: "Quando sonhamos ser treinadores, sonhamos viver e desfrutar de momentos como este. Tocou-me estar em finais da América do Sul em estádios magníficos, finais no México... No Mundial de Clubes, defender uma camisola tão importante como a do FC Porto, campeão do mundo, numa competição desta envergadura é muito especial. Ainda por cima sendo a primeira, temos a sorte e o privilégio de a disputar. Desfruto muito de estar aqui e de não estar de férias porque significa que estamos onde queremos estar e dixa-me muito entusiasmado poder competir contra outras culturas. São maneiras diferentes de pensar e jogar o futebol, isso melhora-nos como jogador, saímos do que estamos habituados todos os fins de semana e pensamos de forma diferente".

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Estado do relvado: "Não tive a sorte de pisar o campo, mas vê-se que foi montado há poucos dias. Espero que possa estar o melhor possível para o jogo, vai ser igual para as duas equipas. Nós estamos habituados a jogar num relvado mais curto, se calhar o Palmeiras está habituado ao sintético. Adaptar-nos ao relvado faz parte do trabalho e não é desculpa para o jogo".

Diferentes intervalo de tempo das equipas são um fator de desequilíbrio (FC Porto esteve 27 dias sem jogar)?: "Competir é sempre melhor, quando se vem de uma onda a competir aos fins de semana é melhor. Mas tocou-nos assim o calendário, demos as férias necessárias, treinamos bem, fizemos jogos de preparação, no final o calendário é uma questão de adaptação. A própria competição vai tornar-nos mais competitivos".

Chegar mais longe que os oitavos: "Em relação aos objetivos, prefiro pensar no jogo de amanhã. Ir ao futuro não nos favorece em nada, devemos pensar no que podemos controlar. Depois traçarmos metas seria limitar-nos, devemos competir como o símbolo exige, depois disso vemos até onde. Claro que queríamos ficar até ao último dia".

Mais tempo para treinar a equipa: "Tocou-nos chegar a meio da época, agora continuamos na mesma época ou é a mesma, é uma situação híbrida, é uma continuação da anterior. Ainda não tivemos uma pré-época como é suposto, ao longo do processo conseguimos muitos valores internos que são invisíveis ou não são palpáveis na tabela classificativa, mas nas últimas jornadas já tínhamos visto um FC Porto mais perto do que queríamos. Mais maduro a controlar o jogo, que sabe onde encontrar vantagens, que consegue defender quando é preciso, tivemos bons momentos. Assim como momentos em que precisámos de melhorar, no último jogo contra o Nacional não gostei de ver certas coisas. O nosso objetivo é continuar a melhorar, encontrar o equilíbrio e ver o FC Porto que queremos ver. Competir vai-nos levar a esse sítio".

Gabri Veiga pronto para ser titular: "O Gabri é um rapaz muito inteligente, gosta do jogo e da parte tática, isso é sempre bom para um treinador. Tem o seu tempo de adaptação ao nosso modelo de jogo, à nossa forma de treinar, ritmos e intensidade. Mas quando o jogador é bom, tem qualidade, adapta-se rápido, isso já conseguimos ver nos treinos com ele. Quanto à titularidade, todos os que treinam connosco têm a possibilidade de ser titular, vai ser uma questão de esperar umas horas e depois vêm o onze". 

Jogo com o Palmeiras é o mais importante?: "Creio que é o mais importante porque é o seguinte. E quando acabar este, o jogo mais importante vai ser o próximo. Porque se ganhamos os jogadores relaxam e não ganham os dois jogos seguintes, se assim for a vitória neste jogo de pouco serve. Este é o mais importante porque é o seguinte, é assim que tem de ser. O resultado não nos define, o que nos define é ganhar. Queremos ser competitivos ganhando, perdendo ou empatando. Depois do Palmeiras pensamos no Inter (Miami) e assim sucessivamente".

Ausência de Diogo Costa: "Não temos o Diogo, mas temos o Cláudio que tem essa grandeza e já nos representou em muitas ocasiões. Está há cinco anos no clube, é um dos capitães do clube, quando teve de intervir esteve maravilhosamente. Por isso é que somos uma equipa, quando um jogador com a magnitude do Diogo Costa - que sabemos o que representa para o clube, capitão, acabou de ser campeão por Portugal -, aparece o Cláudio. Temos total confiança nele".

Duelo sem segredos por conhecer o futebol brasileiro e o Abel conhecer o FC Porto: "Como equipa técnica tocou-nos enfrentar equipas brasileiras em circunstâncias diferentes, nunca enfrentei o Abel e o Palmeiras, conhece bem o futebol português e nós o brasileiro. Mas além de nos conhecermos, há um grande treinador à nossa frente que nos estudou ao máximo possível e nós fizemos a mesma tarefa. Tentar encontrar padrões de jogo na Libertadores e Brasileirão, tentar ver os detalhes que podemos controlar para podermos responder ao Palmeiras".

Má época: "O nosso trabalho como equipa técnica é perceber os porquês, o modelo de jogo e a partir daí tentar ser melhores, corrigir o que não estamos a fazer bem e focar no que estamos a fazer bem. Cada jogo e cada semana foram diferentes, vai ser diferente agora no Mundial de Clubes, acho que o passado não tem lugar neste presente, arranca uma competição nova. Isso é suficiente para mudar o foco e ter todo o desejo de o fazer da melhor maneira possível e melhorar o que podemos fazer".

Se o futebol europeu está muito à frente do sul-americano: "Primeiro, o Brasileirão é um dos campeonatos mais importantes do mundo, a cada semana há jogos muito competitivos porque há muitas equipas com capacidade para ser campeãs. Há jogadores e treinadores de muito nível, é das competições mais difíceis do mundo e, por seu lado, a nível económico também não está muito longe. O Palmeiras gastou quase 90 milhões de dólares para reforçar o plantel. O Brasil soube reduzir as diferenças para a Europa nos últimos anos e o Palmeiras é uma das equipas mais importantes da América do Sul. Nós somos o FC Porto, campeões do mundo, com grande história e grandes jogadores, com tudo o que isso significa, vamos competir da melhor forma possível. Não me parece que faça muito sentido comparar o futebol europeu com o sul-americano porque há coisas boas e más dos dois lados, mas o Brasileirão está entre as melhores equipas do mundo".

Despedida do Estêvão do Palmeiras: "É uma equipa que ataca bem a profundidade, fez isso nos últimos jogos, sabe jogar bem em transição, sabem quem deve enfrentar cada duelo. Estêvão é um desses jogadores capaz de gerar perigo numa situação de um para um, mas nós preparamo-nos para isso. Pensamos em nós, temos a nossa essência para controlar o jogo, pensar na baliza rival, sermos protagonistas. Somos o FC Porto, queremos os três pontos. Quando há uma equipa com qualidade pela frente, quanto mais tempo tivermos a bola, menor dano nos fazem. É assim que encaramos o jogo".

Histórico favorável frente a equipas brasileiras: "Quando tivemos que enfrentar as equipas brasileiras no passado, as chaves dos jogos passaram muito pelas individualidades. Por isso, ganhando os duelos, estamos mais perto de ganhar o jogo, porque são jogadores capazes de criar perigo do nada. Se tivermos mais tempo a bola, melhor porque assim eles não têm a bola. Assim que a perdemos, temos que a recuperar o mais rápido possível". 

Treinadores portugueses e argentinos no Brasil: "Posso falar do que encontrei em Portugal. Um futebol extremamente tático, onde as diferentes equipas trabalham bem a parte defensiva, é difícil encontrar os caminhos para a baliza, equipas compactas que defendem juntas e trabalham bem nesse aspeto. Depois têm a sensibilidade do bom jogo, gostam de ter a bola e tomar a iniciativa. Tivemos dificuldades com equipas de envergadura menor e jogaram de igual para igual. Isso acaba por se exportar. Na última edição do Brasileirão venceu um português, na Libertadores também, o Abel já venceu duas. Há treinadores portugueses em todo o mundo e são competitivos. A seleção portuguesa acaba de ser campeã da Liga das Nações, o futebol português está a ficar bem cotado no mundo. Com respeito pelo meu país Argentina, não sei como mas estamos em todo o lado, alguma coisa boa devemos estar a fazer".

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