O torneio, que marcou a edição inaugural da competição alargada a 32 equipas, foi o primeiro evento da FIFA a utilizar câmaras corporais nos árbitros.
Pierluigi Collina afirmou que a inovação superou as expectativas, oferecendo perspetivas únicas tanto para o público televisivo como para a formação dos árbitros.
"O resultado da utilização da câmara de arbitragem aqui no Mundial de Clubes da FIFA 2025 superou as nossas expectativas", disse Collina ao canal de imprensa da FIFA, esta quinta-feira.
"Pensámos que seria uma experiência interessante para os telespectadores e recebemos comentários excelentes."
Collina destacou que as imagens foram valiosas não só em termos de entretenimento, mas também para o desenvolvimento dos árbitros.
"Tivemos a possibilidade de ver o que o árbitro vê no relvado. Isto não serviu apenas para fins de entretenimento, mas também como ferramenta de formação, ajudando a explicar porque é que algo pode não ter sido visto durante o jogo", explicou.
Collina citou como exemplo um jogo da fase de grupos entre o Atlético de Madrid e o Paris Saint-Germain, em que um árbitro não assinalou uma mão por ter a linha de visão bloqueada.
"Através das imagens da câmara de arbitragem, ficou absolutamente claro que o árbitro não podia ter visto o incidente em tempo real no relvado", afirmou Collina.
O Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) interveio posteriormente para assinalar uma grande penalidade.
O torneio contou também com a introdução de uma nova regra que prevê a marcação de um pontapé de canto se o guarda-redes segurar a bola durante mais de oito segundos. Anteriormente, em casos semelhantes, era apenas concedido um pontapé livre indireto após seis segundos.
"Foi um sucesso, o ritmo do jogo melhorou significativamente", disse Collina.
"Deixou de haver perdas de tempo com os guarda-redes a manterem a bola nas mãos durante longos períodos, como era habitual em jogos anteriores", acrescentou, sublinhando que apenas dois guarda-redes foram penalizados com base na nova norma.
"O nosso objetivo não era provocar pontapés de canto, mas garantir que a regra dos oito segundos fosse respeitada. E esse objetivo foi cumprido a 100%", assegurou.
Foi ainda aplicada uma versão avançada da tecnologia semi-automatizada de fora de jogo, concebida para acelerar decisões e evitar interrupções desnecessárias no jogo.
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Um total de 117 árbitros - 35 árbitros principais, 58 assistentes e 24 de vídeo - oriundos de 41 associações-membro supervisionaram os 63 jogos disputados ao longo do torneio.
O Paris Saint-Germain defronta o Chelsea na final da competição, este domingo, em Nova Jérsia.