Com o Al Hilal pronto para fazer a sua estreia no primeiro Mundial de Clubes, cresce a expetativa para o desafio contra o Real Madrid de Xabi Alonso. À frente da equipa saudita estará Simone Inzaghi, antigo treinador do Inter, que assinou um contrato até 2027 com um salário estimado em 25 milhões de euros por época. A sua nomeação, como revelou o diretor executivo Esteve Calzada à BBC Sport, não foi resultado de uma inspiração do momento, mas sim de um plano que tem vindo a ser definido há algum tempo.
"Pode parecer algo repentino, mas é o resultado de um trabalho árduo. Ele estava a jogar um jogo muito importante e pediu-nos para deixarmos tudo de lado até depois da final. Já estava tudo decidido, mas não foi assinado antes da final, apenas porque, por respeito, nos pediu para esperar, o que é certamente justo. Ficámos em segundo lugar esta época, o que está abaixo das expectativas. E, muito simplesmente, o que esperamos do novo treinador é que nos ajude a voltar a ganhar e a recuperar o campeonato".
Uma narrativa que não coincide com a do presidente do Inter, Beppe Marotta, segundo o qual a decisão só foi tomada após a final da Liga dos Campeões: "Devo dizer que o próprio Inzaghi afirmou que tomou esta decisão na segunda-feira após a final da Liga dos Campeões. Ao ler os jornais, li que havia confusão e ceticismo, como se estivéssemos confusos. Esta declaração encontrou-nos parcialmente desprevenidos e seguimos em frente".
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Mercado
Para além da chegada de Inzaghi, Calzada também falou sobre as operações de mercado tentadas pelo Al Hilal antes do Campeonato do Mundo, com alvos da Serie A, incluindo Theo Hernandez, Angeliño e Victor Osimhen. Tentativas que mais tarde fracassaram por razões financeiras e de calendário.
"Tentámos ver se era possível reforçar a equipa. Mas alguns jogadores já estavam de férias, outros estavam simplesmente a pedir demasiado dinheiro e nós sabemos que a nossa equipa é extremamente competitiva. Estamos a tentar contratar os jogadores mais importantes. Somos muito ambiciosos, mas temos de ver a vontade dos próprios jogadores e a transação tem de funcionar nos dois sentidos. A única coisa que tentámos lembrar aos jogadores e agentes é que somos sauditas, mas não imprimimos notas aqui! O meu papel como diretor-geral é garantir que o clube é gerido de forma eficiente, para que tenhamos o maior orçamento possível para contratar grandes jogadores, mas não a qualquer custo. É por isso que por vezes nos retiramos das negociações, porque queremos jogadores que estejam realmente desejosos de vir e não apenas interessados no dinheiro".
Por fim, Calzada explicou por que razão a sugestão de Cristiano Ronaldo - um nome abordado pelo Al Hilal com vista ao Campeonato do Mundo - foi descartada, apesar do forte apelo mediático.
"Não se devia tomar uma decisão a pensar apenas neste torneio. Uma decisão que teria de ser tomada a pensar nos próximos dois ou três anos. Por muito que respeite Ronaldo como um grande jogador, como todos reconhecemos, é certamente contraproducente trazer o jogador mais importante do nosso maior adversário para jogar connosco. Especialmente se forem apenas três ou quatro semanas", concluiu.