Antes de defrontar o Panamá nas meias-finais da Liga das Nações da CONCACAF, o treinador da seleção norte-americana, o argentino Mauricio Pochettino, disse ao Telegraph que se sentiu pressionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Estava a ouvir uma conversa entre o presidente (Trump) e Gianni Infantino, da FIFA, a quem o presidente perguntou se os EUA podem ganhar o Mundial. Infantino disse que sim, e eu fiquei desapontado, porque ele devia ter dito 'pergunta ao teu treinador', Pochettino, porque ele pode certamente dar-te uma opinião melhor", afirmou.
"E agora penso que Trump vai colocar muita pressão sobre nós, porque somos a equipa do país anfitrião. E de uma nação cuja mentalidade é ganhar sempre: os americanos, no desporto, não se contentam em participar, é essa a sua cultura. No entanto, para mim, pode ser uma pressão positiva: pelo menos vamos ter a adrenalina de que precisamos. O nosso Presidente gosta de nos pressionar e nós estamos preparados para isso", acrescentou.
"É emocionante por muitas e muitas razões, não só pelo desafio do campo, que é obviamente o principal, mas também porque estou a viver uma cultura diferente, com pessoas novas", explicou Pochettino.
"Os Estados Unidos sempre foram um país misterioso para mim, por isso ouvi a sua oferta e agora estou muito entusiasmado", assumiu o treinador argentino.
Mas é verdade que também recebeu uma proposta para dirigir a Inglaterra?
"Não estávamos envolvidos. A FA começou a procurar um treinador quando já tínhamos assinado com os EUA. No entanto, adoro Inglaterra, é a minha casa (Pochettino já treinou o Tottenham e o Chelsea no passado), mas um argentino treinar a seleção inglesa seria uma coisa controversa. De qualquer forma, sonho em regressar um dia ao Tottenham e ganhar algo com eles", explicou.