Henrikh Mkhitaryan contou a sua história ao jornal italiano La Repubblica, oferecendo um retrato sincero e profundo do seu momento e do futuro que o espera. No centro da entrevista, o papel de líder no balneário e a clareza com que encara cada situação, sem procurar o consenso a todo o custo.
"Digo o que penso, sem tentar agradar a ninguém, sejam colegas de equipa, adeptos, seja quem for. Quando os outros falam, eu ouço. Se abro a boca, e não o faço muitas vezes, é para o bem da equipa. O importante é não me esconder, ser claro, direto. É a única forma de nos ajudarmos uns aos outros", explicou o arménio, sublinhando o valor da transparência e da lealdade no grupo.
Com a chegada de um novo treinador, Cristian Chivu, Mkhitaryan diz-se satisfeito.
"Sinto-me bem, a filosofia e as ideias são novas. Quanto mais cedo entendermos o que ele nos pede, melhor. Começámos imediatamente com um torneio a sério, temos pouco tempo. O importante com um novo treinador é aceitar as indicações, aprender e trabalhar. Desde a primeira sessão de treino que se nota a sua marca. O módulo é o mesmo, mas a abordagem é diferente em relação a Inzaghi", explicou.
E quanto ao antigo treinador, disse ter feito uma "despedida em privado" e preferiu ver o assunto como um "capítulo encerrado" depois de Inzaghi ter tomado a sua decisão. O Mundial de Clubes tem trazido alguma satisfação após a dolorosa derrota na Liga dos Campeões, mas a ferida continua aberta.
"A cicatriz permanece. A dor não pode ser apagada, foi uma derrota feia. Não esqueçamos o caminho que nos levou até lá, fizemos grandes jogos, mas não há volta a dar. Temos de nos levantar, aprender e seguir em frente. Não há necessidade de pensar muito nisso. Temos de trabalhar para ganhar nos próximos dias, semanas e anos", continuou.
O futuro é um tema que Mkhitaryan aborda com realismo e uma pitada de melancolia: "Disse que esta é a época mais cansativa da minha vida, com três competições. E que não sei quanto tempo me resta para jogar. Não excluo nada, mas sei que ainda quero entrar em campo. Tenho um contrato de um ano com o Inter, se não me expulsarem, fico (risos). Não quero reformar-me com o arrependimento de o ter feito demasiado cedo".
Depois do Inter, porém, a sua carreira pode terminar.
"Depois do Inter, vou parar. Não quero baixar o meu nível, não vou voltar a jogar na Arménia. E destinos como a Arábia não me interessam. Com todo o respeito, gosto de futebol pelo jogo, não pelo dinheiro. Quando acordo, quero treinar e provar o meu valor", garantiu.
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