Recorde as incidências da partida

O Campeonato do Mundo de Clubes trouxe mais uma surpresa. Depois do empate do Real Madrid na estreia frente ao Al Hilal de Inzaghi, o PSG caiu na segunda jornada do grupo B, perdendo frente ao Botafogo, num duelo que decidia a liderança do grupo e onde os brasileiros saíram vencedores.
Após a vitória contra o Seattle, os sul-americanos entraram em campo, em Pasadena, com praticamente a mesma formação de há quatro dias, com a exceção de Allan no lugar de Mastriani. No entanto, houve uma pequena mas significativa mudança tática: o treinador português Paiva optou por abdicar de um médio para tornar o setor ofensivo mais preenchido, com três jogadores a apoiar Igor Jesus. Uma decisão que, ao longo do jogo, se revelou acertada.
O dominador PSG de Luis Enrique teve, assim, o seu verdadeiro teste frente aos campeões da Libertadores. Depois da vitória expressiva sobre o Atlético de Madrid, o técnico espanhol promoveu uma ligeira rotação, poupando quatro jogadores utilizados no jogo anterior frente à equipa de Simeone.
Ainda assim, Enrique não mexeu no trio da frente, mantendo Doué, Ramos e Kvaratskhelia. Desde o apito inicial, o extremo georgiano foi uma dor de cabeça constante para a defesa brasileira. Já perto do intervalo, obrigou Victor a uma defesa apertada com uma jogada típica: partiu da esquerda, fletiu para dentro e rematou com o pé direito. Aos seis minutos da segunda parte, voltou a criar perigo com um remate em diagonal, que saiu ligeiramente ao lado.

Com o passar dos minutos, a intensidade do PSG foi-se dissipando. O Botafogo, que até arriscara um pouco na primeira parte, estabilizou defensivamente e passou a controlar melhor os movimentos do adversário, com constantes dobras sobre Kvaratskhelia a reduzirem o risco.
Após a pausa para arrefecimento, o momento-chave do encontro. No regresso ao relvado, surgiu a explosão brasileira, iniciada por uma excelente visão de jogo de Savarino. O avançado venezuelano atraiu a defesa francesa ao centro e serviu Jesus, que apareceu entre os centrais. O número 99 escondeu bem a bola e rematou em diagonal, com um desvio em Pancho a trair o até então irrepreensível Donnarumma.
A vantagem, inesperada, manteve-se até ao intervalo. O segundo tempo começou com oportunidades para ambos os lados. Primeiro Telles, aos 49 minutos, com um remate fraco que Donnarumma defendeu com facilidade. Pouco depois, os franceses responderam com uma boa jogada iniciada por Vitinha, que encontrou Ramos na área, mas o desvio do avançado foi parado por Victor.
O jogo ganhou nova intensidade e, com mais espaço nas costas da defesa parisiense, o Botafogo lançou-se ao ataque. Esteve perto do segundo golo num cabeceamento de Savarino, mas o remate saiu centrado e fácil para Donnarumma.

Revolução francesa
Luis Enrique mostrou o seu desagrado com a exibição da equipa e, aos 56 minutos, fez quatro substituições de uma só vez: saíram Zaire-Emery, Beraldo, Ramos e Mayulu; entraram João Neves, Nuno Mendes, Barcola e Ruiz.
As alterações trouxeram nova energia ao PSG, que passou a dominar a posse de bola, mas continuou incapaz de incomodar verdadeiramente os campeões da América do Sul. Nem mesmo aos 90 minutos, quando foi beneficiado com um livre perigoso à entrada da área. Kvaratskhelia assumiu a cobrança, mas atirou por cima da barra.
No final, a vitória sorriu ao Botafogo, que fica mais perto de garantir a qualificação para a fase seguinte. O PSG, agora empatado em pontos com o Atlético, terá de discutir tudo na última jornada frente ao Seattle.
Melhor em campo Flashscore: Alexander Barboza (Botafogo)
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