Filipe Luís e Martín Anselmi, treinadores de Flamengo e FC Porto, e o belga Vincent Kompany, do Bayern de Munique, são os estrategas mais jovens do torneio intercontinental, todos com apenas 39 anos.
O trio é mais novo do que vários jogadores em campo, como os brasileiros Thiago Silva e Fábio, defesa e guarda-redes do Fluminense, que têm 40 e 44 anos, respetivamente.
Com exceção de Anselmi, esta promissora geração de treinadores emergentes, que inclui ainda nomes como Xabi Alonso (43) e Javier Mascherano (41), vai disputar os play-offs em busca da sua afirmação definitiva entre a elite do futebol mundial.
Filipe Luís, a revelação
Ex-internacional brasileiro, Filipe Luís iniciou a sua carreira de treinador com um ritmo bem mais acelerado do que aquele que costumava imprimir nas suas incansáveis subidas pelo flanco esquerdo. Chegou aos Estados Unidos com um registo breve, mas brilhante: três títulos conquistados ao serviço do Flamengo, precisamente o mesmo número de jogos que perdeu desde que assumiu o comando técnico do clube carioca, onde pendurou as chuteiras em 2023.
O seu primeiro troféu chegou apenas 41 dias após a sua nomeação: a Taça do Brasil. Em 2025, juntou a esse palmarés a Supertaça do Brasil e o Campeonato Carioca.

No Mundial de Clubes, Filipe Luís apenas confirmou a inteligência táctica que já se comenta nos corredores dos grandes clubes europeus, como o Atlético de Madrid, onde brilhou durante oito épocas.
Após uma retumbante vitória por 3-1 frente ao Chelsea, outro dos emblemas que representou na Europa, o Flamengo tornou-se o primeiro clube a garantir a qualificação para os oitavos de final.
"O Filipe está a fazer um trabalho espectacular. Desde que ele assumiu, a equipa mudou, e mudou para melhor", elogiou o antigo médio brasileiro Diego Ribas.
Anselmi na corda bamba
Se Filipe Luís representa o rosto do sucesso, o argentino Martín Anselmi arrisca ser uma das primeiras baixas da nova edição do Campeonato do Mundo de Clubes. Sem uma carreira de destaque como jogador, o técnico assumiu o comando do FC Porto em janeiro passado, após uma saída abrupta e polémica do Cruz Azul, do México.
O clube português acabou por indemnizar o emblema mexicano em mais de três milhões para garantir os serviços de Anselmi, cujos primeiros passos no Dragão ficaram aquém das expectativas. Depois de terminar o campeonato português na terceira posição, os portistas foram eliminados logo na fase de grupos do Mundial de Clubes.

Com um empate frente ao Palmeiras (0-0), uma derrota diante do Inter Miami de Lionel Messi (2-1) e um empate frente ao Al Ahly (4-4), o FC Porto despede-se dos Estados Unidos com uma pálida imagem.
Kompany e a solidez do Bayern
No meio da turbulência vivida por PSG, Real Madrid e Atlético de Madrid, o Bayern de Munique correspondeu às expectativas e garantiu a qualificação para os oitavos.
O jovem treinador Vincent Kompany, discípulo de Pep Guardiola, tem agora uma grande oportunidade de se afirmar no exigente banco bávaro. Na sua primeira época ao leme do Bayern, o antigo defesa-central belga devolveu o clube ao trono da Bundesliga, após o breve reinado do Bayer Leverkusen de Xabi Alonso. Contudo, ficou longe de conquistar o tão ambicionado título da Liga dos Campeões, ao ser eliminado nos quartos-de-final pela Inter de Milão.
Estreias de Alonso e Mascherano
Apesar de já terem ultrapassado os 40 anos, Xabi Alonso e Javier Mascherano também estão a enfrentar o seu primeiro grande teste ao serviço dos seus novos clubes: Real Madrid e Inter Miami.
Alonso, a grande aposta do Real Madrid para recuperar a hegemonia do emblema merengue, tem pela frente o desafio de lidar com um plantel marcado por várias saídas e entradas, num cenário competitivo exigente, agora nos Estados Unidos. Ainda assim, o Real lidera o grupo e tem a qualificação bem encaminhada, tal como a formação de Mascherano.
"Isto é um processo. Obviamente que exigimos resultados, porque estamos numa competição. Mas aquilo que queremos aprender e construir, isso leva tempo", afirmou o técnico espanhol após a estreia frente ao Al Hilal, que terminou empatada (1-1).
Já El Jefecito, no seu primeiro ano como treinador do Inter Miami, ainda não conseguiu diminuir a forte dependência da equipa em relação a Lionel Messi. Por enquanto, tem sido a magia do astro argentino, autor do espectacular golo de livre que selou a vitória sobre o FC Porto, tendo confirmado a passagem aos oitavos na última madrugada.
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