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Mundial de Clubes: Franceses a um passo de uma época perfeita

Vitinha e João Neves em destaque no Paris SG
Vitinha e João Neves em destaque no Paris SGGetty Images via AFP
O Paris Saint-Germain está a um pequeno passo, a um triunfo sobre o Chelsea na final de domingo do Mundial de clubes, de conseguir uma época 2024/25 perfeita, com cinco títulos em cinco provas disputadas.

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A vitória na Champions, o primeiro título europeu dos parisienses, será sempre o grande feito da temporada, e o pleno francês também já foi assegurado, mas o triunfo em East Rutherford certificaria a equipa de Luis Enrique como a melhor do mundo, que ninguém duvida que seja, tal o que mostrou nos últimos meses.

No ano um pós-Kylian Mbappé, a figura de proa dos parisienses entre 2017/18 e 2023/24, o conjunto gaulês não só não a sentiu, como melhorou em todos os capítulos, transformando-se numa equipa imparável, mais coletiva, inexpugnável e sem egos.

Fundados em 1970 e refundado em 2011 quando o Qatar Sports Investments assumiu o clube e Nasser Al-Kelhaifi a presidência, o PSG cumpriu em 2024/25 a melhor época da sua história e o segredo terá sido mesmo a saída para o Real Madrid da sua estrela e a forma como o clube atacou o mercado.

Em vez de tentar ir atrás de nova figura, os parisienses desembolsaram cerca de 200 milhões de euros em jogadores de equipa, casos do central Pacho (ex-Eintracht Frankfurt), do médio português João Neves (ex-Benfica), do jovem avançado Doué (ex-Rennes) e, já em janeiro, do extremo Kvaratskhelia (ex-Nápoles).

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Os quatro jogadores encaixaram na perfeição no onze de Luis Enrique, juntando-se aos residentes Donnarumma, Hakimi, Marquinhos, Nuno Mendes, Vitinha, Fabián Ruiz e Dembélé, promovido a goleador, e o PSG tornou-se numa grande equipa.

A jornada começou bem, internamente, já que o PSG cedo se distanciou na liderança da Ligue 1, ao vencer os primeiros quatro jogos e 10 de 12, cedendo apenas empates em Reims e Nice.

Se em França tudo corria como previsto, na Europa, o onze de Luis Enrique claudicava, na novel fase de liga da Liga dos Campeões, uma vez que depois da entrada a vencer com o Girona (1-0 em casa), seguiram-se quatro jogos sem ganhar, com um ponto somado.

Os parisienses perderam por 2-0 na visita ao Arsenal, jogo após o qual Luis Enrique anunciou que o PSG iria “ganhar tudo”, empataram 1-1 na receção ao PSV e caíram consecutivamente em casa face ao Atlético de Madrid (1-2) e no reduto do Bayern Munique (0-1), complicando muito o apuramento para a fase a eliminar.

Uma vitória por 3-0 em Salzburgo, na sexta jornada, manteve vivo o PSG, que, a fechar o ano, apanhou um grande susto na estreia na Taça de França, só sobrevivendo em Lens nos penáltis (4-3), com os quatro marcadores a não falharem, entre eles Gonçalo Ramos, que tinha selado o 1-1 aos 70 minutos.

Depois de fechar bem 2024, o PSG abriu 2025, em 05 de janeiro, com a conquista do primeiro título, a Supertaça francesa, o Trophée des Champions, ao bater o Mónaco por 1-0, em Doha, no Catar, graças a um golo nos descontos (90+2 minutos) de Dembélé.

O PSG somou, a seguir, mais dois determinantes triunfos na Champions, em casa com o Manchester City (4-2) e, entrando para a última ronda com a cabeça a prémio, em Estugarda (4-1), para ainda conseguir subir até à 15.ª posição da fase de liga.

Na Ligue 1, em que chegou a meio invicto (13 vitórias e quatro empates) e com sete pontos à maior sobre o Marselha, voltou a arrancar bem a segunda volta e, com 10 triunfos e uma igualdade, selou o cetro com seis rondas por disputar.

Em 05 de abril, em encontro da 28.ª jornada, um triunfo por 1-0 na receção ao Angers, consumado por Doué (55 minutos), assegurou o tetra dos parisienses, que passaram a ter como objetivo fechar a Ligue 1 sem derrotas – acabaram por sofrer duas.

Nessa altura e também já com lugar assegurado na final da Taça de França, após quatro tranquilos triunfos fora, já há muito que todas as atenções estavam centradas na Champions.

No play-off de acesso aos oitavos, o PSG brindou os compatriotas do Brest com um 10-0 (3-0 fora e 7-0 em casa), para depois, nuns oitavos de alto quilate, superarem o Liverpool no desempate por grandes penalidades (4-1), com Vitinha, Ramos, Dembélé e Doué implacáveis.

Os franceses massacraram em casa, onde foram muito injustamente derrotados por 1-0, mas ripostaram em Anfield Road, em 11 de março, com um tento de Dembélé, logo aos 12 minutos.

Depois do campeão 2024/25, o PSG superou mais duas equipas da Premier League, o Aston Villa (3-1 em casa e 2-3 fora), nos quartos, e, nas meias, o Arsenal, com 1-0 fora e 2-1 em casa, em 07 de maio, com tentos de Fabián Ruiz (27 minutos) e Hakimi (72), contra um do gunner Saka (76').

Antes do jogo mais importante da época, o onze de Luis Enrique embolsou um terceiro troféu, em 24 de maio, ao bater o Reims por 3-0, em Saint-Denis, na final da Taça de França, com tentos de Barcola (16 e 19 minutos) e Hakimi (43').

Faltava agora o que o clube há muito perseguia, a Champions, e, em 31 de maio, na Allianz Arena, em Munique, o PSG não deixou margem para dúvidas e vulgarizou o Inter Milão, com um nunca visto 5-0, selado por um bis de Doué (20 e 63 minutos) e tentos de Hakimi (12), Kvaratskhelia (73') e do suplente Mayulu (86').

Depois de cumprido o grande objetivo de uma longa época, restava ver com que disposição o PSG iria para o Mundial de clubes, dúvida que foi desfeita logo a abrir, em 15 de junho, com uma goleada por 4-0 ao Atlético de Madrid.

O desaire no segundo jogo (0-1 com o Botafogo), com um onze alternativo, nada pôs em causa, com os parisienses a vencerem depois Seattle Sounders (2-0), a fechar a fase de grupos, e o Inter Miami (4-0), no reencontro com Lionel Messi, nos oitavos.

Ainda faltava o mais difícil, mas o PSG passou com distinção: 2-0 ao Bayern Munique, nos quartos, num jogão, e 4-0 ao Real Madrid, sem piedade, nas meias.

No total, são 48 vitórias, oito empates e oito derrotas, em 64 jogos, com 168 golos marcados e 56 sofridos, e quatro títulos conquistados. Falta o quinto para ser uma época perfeita, tendo, para isso, de bater o Chelsea na final do Mundial de clubes.

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