Trinta e um anos depois, dois clubes brasileiros voltarão a jogar na mesma data em solo norte-americano, com a possibilidade de transformarem a meia-final do primeiro Mundial de Clubes numa grande festa brasileira.
Juntos, abrirão a fase dos quartos de final. Primeiro o Fluminense, que encontrará o Al Hilal, às 20:00, em Orlando, na Flórida, e depois o Palmeiras, que enfrentará o poderoso Chelsea, bicampeão europeu, já às 2:00 da madrugada de sábado, no Lincoln Financial Field.
Com os menores orçamentos entre os oito clubes que restaram e também com as menores probabilidades de conquista, Fluminense e Palmeiras são considerados os outsiders. Mas ninguém, em sã consciência, é capaz de duvidar das proezas que o futbeol brasileiro é capaz de fazer. O próprio Mundial de Clubes tem vindo a demonstrar isso.
"Sempre respeitamos o futebol brasileiro, não precisamos desse campeonato para respeitá-los. É um dos melhores países em termos de qualidade, eu não precisava desse campeonato para respeitar o Brasil. Eles (clubes brasileiros) têm mostrado a cada jogo a sua qualidade", destacou Enzo Maresca, técnico do Chelsea, em conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Palmeiras.
"Realmente, respeito o Palmeiras. Podemos ver como eles são muito bons em termos de organização, agressivos nas transições. Tem vários jogadores talentosos, como o Estêvão e o Ríos. Dá para ver a identidade, o ADN da equipa", elogiou o treinador italiano.
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Curiosamente, o jogo entre Palmeiras e Chelsea acontecerá justamente em Filadélfia, onde a 4 de julho de 1776, o Segundo Congresso Continental aprovou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, escrita por Thomas Jefferson.
Mais do que o "joga bonito"
O futebol brasileiro sempre foi conhecido pelos seus talentos e pela individualidade de seus jogadores. Os lances plásticos e a ousadia de inúmeros atletas do país pentacampeão mundial foram, sem dúvida, o diferencial para que muitas equipas europeias chegassem ao topo.
Mas, para além do "joga bonito", o Mundial de Clubes tem chamado a atenção do Velho Continente para as características táticas das equipas brasileiras. Um facto até bastante peculiar, tendo em vista que há uma grande preocupação no Brasil sobre como o futebol nacional, em termos táticos e técnicos, ficou para trás em relação aos europeus.
Simone Inzaghi, técnico vice-campeão europeu com o Inter de Milão e hoje no comando do Al Hilal, próximo adversário do Fluminense, teceu rasgados elogios ao trabalho de Renato Portaluppi e o que o treinador vem demonstrando no Mundial.
“Vamos enfrentar uma grande equipa, não é à toa que está nos quartos de final. Renato Gaúcho é um ótimo treinador, capaz de alterar a filosofia da própria equipa, usou uma linha de quatro contra o Borussia Dortmund, linha de cinco atrás contra o Inter de Milão“, declarou.
“É uma equipa segura, que nas últimas seis partidas só sofreu um golo, então vai ser um grande confronto, contra uma equipa que sabe o que faz em campo“, acrescentou o técnico italiano, que completará esta sexta-feira um mês no comando técnico do Al Hilal.
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Inzaghi chegou para substituir o português Jorge Jesus, que fez história no futebol brasileiro, à frente do Flamengo. Até ao momento, o Al Hilal de Inzaghi está invicto no Mundial de Clubes. Foram quatro jogos, com duas vitórias e dois empates.
O mais surpreendente resultado foi a vitória sobre o Manchester City, uma partida onde o Al Hilal brilhou numa atuação memorável dos brasileiros Malcom e Marcos Leonardo, responsáveis por três dos quatro golos do clube saudita no triunfo decidido no prolongamento.
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