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O domínio esmagador do PSG no domingo, no Rose Bowl, em Pasadena, subúrbio ao norte de Los Angeles, prolongou a euforia parisiense, se é que isso era necessário, duas semanas após a final da Liga dos Campeões contra o Inter (5-0).
No papel, o Atlético era o adversário mais perigoso desta fase de grupos para o PSG, que quer nada menos do que o primeiro lugar para partir para Atlanta, onde aguarda um confronto nos oitavos de final com o segundo classificado do Grupo A (do FC Porto). Por outro lado, o Botafogo, na quinta-feira, e o Seattle Sounders, na segunda-feira (20:00), teoricamente não estão perto do nível do PSG.
O clube brasileiro pertence ao grupo Eagle Football Holdings, de John Textor, que também é dono do Olympique Lyon. No cenário francês, o extravagante bilionário norte-americano mantém há muito tempo uma relação tempestuosa com o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi (NAK).
Os dois dirigentes não partilham a mesma visão da economia do desporto, com Textor a acusar o PSG de concorrência desleal devido ao financiamento do clube pelo Estado do Catar (através do fundo QSI).
A desavença tomou proporções espectaculares durante uma videoconferência entre os proprietários dos clubes, em julho de 2024, no contexto da crise dos direitos televisivos no futebol francês. Os dois homens gritaram insultos um ao outro, enquanto os homólogos assistiam atónitos.
Mais tarde, entre outros azedumes, John Textor congratulou-se com o sorteio que colocou o seu Botafogo e o PSG no mesmo grupo do Mundial de Clubes da FIFA, numa atitude provocatória, descrevendo o Paris como um "clube pequeno".
Reconciliação
Mas entretanto pediu desculpa, segundo a comitiva de NAK, que convidou o homem que tinha descrito como um "cowboy" ao Parc des Princes para a segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões contra o Arsenal (2-1). Os dois trocaram depois uma longa troca de pontos de vista numa reunião do comité executivo da UEFA e, posteriormente, à margem da final da Liga Europa, em Bilbau, a 21 de maio.
Nasser Al-Khelaïfi e John Textor concordaram em pôr as suas diferenças de lado e trabalhar em conjunto numa altura em que a saúde financeira do futebol francês e do Lyon está a vacilar.
Será que os jogadores acompanham este tipo de reviravoltas políticas? Não com certeza, mas podemos esperar que os parisienses, com Bradley Barcola de volta aos treinos desde segunda-feira, não escondam isso em campo na quinta-feira, na esperança de manter o ritmo.
Por sua vez, o Botafogo, atual campeão brasileiro e vencedor da última Taça Libertadores, quer fazer as pazes com a vitória. O clube venceu o Seattle por 2-1 no domingo e quer aproveitar o torneio esquecer os problemas domésticos (8.º lugar no campeonato após 11 jornadas).
"É o nosso ADN ter a posse de bola, mas não conseguimos tê-la e isso foi um problema", reagiu o treinador do Botafogo, o português Renato Paiva, após o início, ainda assim vitorioso, da sua equipa.
Paiva vai reencontrar os parisienses João Neves e Gonçalo Ramos, que ajudou a treinar quando comandava a equipa de juniores do Benfica. "Se eles marcarem contra mim, dou-lhes uma bofetada", brincou numa entrevista à FIFA.
Outro português, o médio Vitinha, do PSG, avisou após o castigo aplicado ao Atlético: "Agora é a vez do Botafogo".
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