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A impressionante goleada por 5-0 do PSG sobre o Inter de Milão, em Munique, no final do mês passado, que permitiu ao clube vencer a Liga dos Campeões pela primeira vez, completou uma temporada incrível para a equipa apoiada pelo Catar e treinada por Luis Enrique.
Não é por acaso que o PSG alcançou a glória na sua primeira temporada, depois de ter mudado definitivamente o foco da contratação de superestrelas para permitir que um treinador brilhante trabalhasse com uma equipa jovem, dinâmica e com fome.
A transferência de Kylian Mbappé para o Real Madrid, há um ano, seguiu-se às saídas em 2023 de Neymar, a contratação mais cara do mundo quando chegou em 2017, e Messi, no mesmo verão em que Luis Enrique foi nomeado.

Quando o PSG se lançou em agosto de 2021 para contratar Messi, depois de um Barcelona sem dinheiro não ter conseguido mantê-lo, a equipa francesa pensou logicamente que o argentino poderia ser o homem que iria garantir a glória da Liga dos Campeões. Messi, que na altura tinha 34 anos, pensou o mesmo.
"O meu sonho é ganhar mais uma Liga dos Campeões e acho que estou no lugar ideal para ter essa oportunidade", disse na apresentação.
Infelizmente, não foi isso que aconteceu, nem na primeira época de Messi em Paris, com o compatriota Mauricio Pochettino em 2021/22, nem na campanha seguinte, com Christophe Galtier. O PSG tinha chegado à final da Liga dos Campeões e depois às meias-finais nas duas épocas anteriores à chegada de Messi, pelo que esta parecia ser a peça final do puzzle.
Em vez disso, o clube regrediu com Messi na equipa, sendo eliminado da elite nos oitavos de final em dois anos consecutivos.

Nem tudo está perdoado
A presença de Messi - com um salário anual estimado em 30 milhões de euros, depois de impostos -, de Neymar e de Mbappé pode ter aumentado o apelo das estrelas, mas enfraqueceu a equipa. No final da aventura, o craque do Barcelona foi mesmo gozado por alguns adeptos do PSG, que sentiram que o empenho de Messi não era o que devia ser.
Messi era jogador do PSG quando inspirou a Argentina a conquistar o Mundial do Catar, no final de 2022, mas só teve lampejos da sua genialidade no clube francês. As suas estatísticas resistem a qualquer análise, com 32 golos e 35 assistências em 75 jogos, e dois títulos da Ligue 1, ajudando a aumentar o valor do PSG como marca.
Mas uma frase memorável de um colunista do diário desportivo francês L'Èquipe resumiu bem a situação.
"O PSG não foi melhor do que era antes por causa dele... e ele parecia ter tanta vontade de jogar na Ligue 1 como de ir ao dentista", escreveu Vincent Duluc.
Dois anos mais tarde, Messi está no final da carreira na Major League Soccer com o Inter Miami, a equipa que ajudou a qualificar-se para a fase a eliminar do Campeonato do Mundo de Clubes. Por isso, o destino preparou um confronto com o PSG nos oitavos de final, no domingo, em Atlanta, no mesmo estádio onde Messi marcou um belo golo de livre para garantir a vitória por 2-1 sobre o FC Porto, na semana passada.
"Nem tudo está perdoado", dizia a primeira página do L'Èquipe em França, na sexta-feira, descrevendo os sentimentos de "fracasso e amargura" deixados pela passagem do argentino pelo clube.
O treinador do Inter Miami, Javier Mascherano, acredita que a lembrança da passagem pelo clube parisiense pode dar ânimo a Messi.
"É claro que para nós é melhor que ele jogue com raiva, porque é um daqueles jogadores que, quando tem algo em mente, faz um esforço extra", disse Mascherano à ESPN.
Com Luis Enrique e o PSG com grandes ambições de adicionar um título mundial à sua coroa europeia, haveria ainda mais amargura se Messi - dias depois do seu 38.º aniversário - conseguisse eliminá-los no domingo.
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