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Mundial de Clubes: Renato Gaúcho, o showman que transformou o Fluminense em apenas três meses

Renato Gaúcho na linha lateral
Renato Gaúcho na linha lateralPilar Olivares / Reuters
O maior showman do futebol brasileiro, Renato Portaluppi, transformou o Fluminense de candidato à despromoção a matador de gigantes em apenas três meses. Agora tem um confronto de peso na meia-final do Mundial de Clubes com o Chelsea na terça-feira.

O carismático treinador de 62 anos, conhecido como Renato Gaúcho, ajudou o Fluminense a desafiar as probabilidades e a eliminar o Inter de Milão, vice-campeão da Liga dos Campeões, nos oitavos de final, e o Al-Hilal, nos quartos de final, com sua postura extravagante à beira do campo.

Portaluppi era uma das figuras mais populares e polarizadoras do futebol brasileiro antes de assumir o comando de um Fluminense que mal havia evitado a despromoção do Brasileirão no ano passado. Agora, sua reputação ficou ainda mais robusta depois de conduzir uma dos maiores surpresas do torneio até aqui.

O antigo avançado, que marcou quase 200 golos numa carreira de duas décadas, nunca teve falta de confiança ou controvérsia. Um egomaníaco exemplar, Portaluppi declarou uma vez que era "melhor do que Cristiano Ronaldo".

Entre seus feitos como jogador, destaca-se o fato de ter marcado com a barriga um dos golos mais emblemáticos da história do país – o que deu ao Fluminense o título de campeão carioca de 1995, numa vitória arrebatadora por 3-2 no clássico contra o Flamengo de Romário. Na manhã seguinte, foi primeira página do jornal mais popular do Brasil usando uma coroa, com um cetro em uma mão e uma bola na outra, sob a manchete "Rei do Rio".

Uma década antes, era o herói do seu clube de infância, o Grêmio, levando o clube aos primeiros títulos da Libertadores e da Intercontinental quando era um jovem jogador. De origens humildes, comprou uma casa para cada um dos seus 11 irmãos com o bónus que recebeu.

Mais de 30 anos depois, Portaluppi tornou-se o primeiro brasileiro a enfeitar sua sala de estar com um troféu da Libertadores como jogador e outro como treinador, levando o Grémio ao título sul-americano em 2017, depois de vencer a Taça do Brasil no ano anterior, e encerrando um jejum de 15 anos de títulos para o amado clube.

Mas a carreira de Portaluppi foi marcada por altos e baixos dramáticos devido à sua personalidade forte e explosões emocionais. Ficou famoso por ter sido excluído da seleção brasileira no Mundial-1986 por supostamente deixar o estágop para ir a uma festa, e mais tarde foi expulso do Botafogo depois de organizar um churrasco em sua casa para o plantel adversário do Flamengo após a humilhante derrota na final do Campeonato Brasileiro.

Treinador desde 2000, Portaluppi é um motivador excecional, o que talvez explique por que teve grande sucesso em torneios a eliminar, mas nunca conquistou a liga brasileira, o grande troféu que lhe escapa. 

Portaluppi tem sido um grande opositor da última tendência de ter treinadores estrangeiros no futebol brasileiro, argumentando que os clubes têm mais paciência com os técnicos de fora, dando-lhes mais tempo para trabalhar.

Os críticos afirmam que ele improvisa demais com seus esquemas táticos e não pensa e estuda o suficiente o seu futebol. No entanto, Portaluppi transformou o Fluminense com um sistema ofensivo 4-2-3-1 e um estilo de alta pressão que ele chama de "criar o caos", que definiu a campanha da equipa nos Estados Unidos.

O Fluminense está a jogar com garra e determinação, e vai mostrar isso contra o Chelsea, enquanto tenta continuar a sua improvável campanha no Mundial de Clubes.

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