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Mundial de Clubes: Rüdiger acusa Cabral (Pachuca) de racismo

Rüdiger denunciou ofensa racista de Gustavo Cabral, do Pachuca
Rüdiger denunciou ofensa racista de Gustavo Cabral, do PachucaDavid Klein / Zuma Press / Profimedia
O defesa Antonio Rüdiger, do Real Madrid, denunciou um alegado ato racista por parte de Gustavo Cabral, do Pachuca, durante o jogo do Mundial de Clubes realizado este domingo. Os merengues venceram os mexicanos por 3-1 e assumiram a liderança do Grupo H.

Recorde as incidências da partida

Rüdiger e Cabral envolveram-se numa acesa discussão nos minutos finais da partida, disputada no Bank of America Stadium, em Charlotte. Perante a situação, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel fez um "X" com os braços, sinal utilizado para ativar o protocolo da FIFA contra discriminação racial.

Segundo a CazéTV, o internacional alemão ficou visivelmente incomodado após ouvir algo dito por Cabral durante o confronto verbal. Rüdiger alegadamente terá escutado a expressão "negro de m*rda", proferida pelo argentino. No entanto, o capitão do Pachuca negou veementemente a acusação e afirmou que o que disse foi "cagão de m*rda".

Após uma breve interrupção, o árbitro Ramon Abatti Abel deu por terminada a partida, que ditou a eliminação da equipa mexicana.

Na conferência de imprensa após o encontro, o treinador do Real Madrid, Xabi Alonso, comentou o incidente: "O Toni disse-nos algo, e nós apoiámo-lo. Vamos ver. Penso que o protocolo da FIFA foi ativado. Se isso aconteceu, serão tomadas medidas", afirmou o técnico espanhol.

Xabi foi ainda mais claro ao reforçar a posição do clube: "É inaceitável. (...) No futebol, não há espaço para isso e, se acontecer, que sejam tomadas as devidas providências. Foi isso que o Antonio nos transmitiu, e nós acreditamos nele. Está a ser investigado neste momento", acrescentou.

Já o treinador do Pachuca, Jaime Lozano, afirmou desconhecer o ocorrido. "Acabei de saber por si, é você quem me está a contar. Não falámos sobre isso no balneário. Não falei com o Cabral sobre este assunto. Não posso dar uma explicação porque é a primeira vez que ouço esta notícia", declarou Lozano a um jornalista.

O técnico acrescentou: "Não há qualquer justificação para isto, mas vou falar com ele. Conheço-o há muito tempo e nunca ouvi nada parecido envolvendo jogadores do Pachuca. Não posso defender o meu capitão a qualquer custo, mas vou falar com ele."

Questionado sobre o desentendimento entre Rüdiger e Cabral, o avançado Salomón Rondón, do Pachuca, minimizou o episódio, dizendo que "é só futebol", sem fazer referência a qualquer ofensa de cariz discriminatório.

"Isto acontece no futebol, há discussões, por isso não foi nada de mais. Para mim, fica dentro do campo", afirmou Rondón.

Até ao momento, a FIFA ainda não se pronunciou sobre o caso.

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