O novo formato do Campeonato do Mundo de Clubes "é um milagre mundial", defendeu Karl-Heinz Rummenigge numa entrevista ao Sportbild: "Durante muito tempo, o Campeonato do Mundo de Clubes foi uma competição sem emoção e agora isso vai mudar com o novo formato".
A fórmula anterior "com sete equipas no inverno era aborrecida: como vencedor da Liga dos Campeões, voava-se para lá e já se sabia que se regressaria com outro troféu na bagagem. Tudo o que é planeado e sem entusiasmo não chega aos adeptos". Para Rummenigge, a reforma é, portanto, um passo inovador: "Para mim, o facto de a FIFA introduzir agora o novo Campeonato do Mundo de Clubes equivale a um milagre mundial: pela primeira vez, uma competição para equipas nacionais, a Taça das Confederações, foi abandonada em favor de uma competição de clubes".
Quanto à polémica dos jogadores sobre a carga competitiva, segundo Rummenigge,"os nossos jogadores devem parar de se queixar. Todas as negociações contratuais a que assisti connosco vão sempre numa única direção: cada vez mais alto, cada vez mais longe, cada vez mais rápido. Mas todo esse dinheiro tem de vir de algum lado".
Sobre o projeto Superliga, o antigo avançado afirma: "Tal como foi planeado inicialmente com os principais clubes de Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha, nunca existirá. Porque ninguém vai participar nele, para além do Real Madrid e do Barcelona. O que eles estão a fazer agora: aproximar-se dos clubes do segundo escalão. Mas então não será uma Superliga".
Rummenigge elogiou depois o presidente do PSG, Al-Khelaifi: "Conheço-o muito bem, sou amigo dele. É uma pessoa de confiança. Mas por ser do Catar e por o Campeonato do Mundo de 2022 se ter realizado no Catar, foi obviamente escolhido como inimigo pelos ultragrupos. Isso não é justo".