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Rummenigge deixa elogios ao Mundial de Clubes e faz aviso aos jogadores: "Parem de se queixar"

Karl-Heinz Rummenigge é uma figura histórica do desporto
Karl-Heinz Rummenigge é uma figura histórica do desportoALEXANDER HASSENSTEIN / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Karl-Heinz Rummenigge descreveu a nova fórmula do Campeonato do Mundo de Clubes como um "milagre mundial", salientando que a versão anterior não tinha emoção. Criticou também os jogadores, sugerindo implicitamente uma regulação dos custos e dos salários no futebol.

O novo formato do Campeonato do Mundo de Clubes "é um milagre mundial", defendeu Karl-Heinz Rummenigge numa entrevista ao Sportbild: "Durante muito tempo, o Campeonato do Mundo de Clubes foi uma competição sem emoção e agora isso vai mudar com o novo formato".

A fórmula anterior "com sete equipas no inverno era aborrecida: como vencedor da Liga dos Campeões, voava-se para lá e já se sabia que se regressaria com outro troféu na bagagem. Tudo o que é planeado e sem entusiasmo não chega aos adeptos". Para Rummenigge, a reforma é, portanto, um passo inovador: "Para mim, o facto de a FIFA introduzir agora o novo Campeonato do Mundo de Clubes equivale a um milagre mundial: pela primeira vez, uma competição para equipas nacionais, a Taça das Confederações, foi abandonada em favor de uma competição de clubes".

Quanto à polémica dos jogadores sobre a carga competitiva, segundo Rummenigge,"os nossos jogadores devem parar de se queixar. Todas as negociações contratuais a que assisti connosco vão sempre numa única direção: cada vez mais alto, cada vez mais longe, cada vez mais rápido. Mas todo esse dinheiro tem de vir de algum lado".

Sobre o projeto Superliga, o antigo avançado afirma: "Tal como foi planeado inicialmente com os principais clubes de Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha, nunca existirá. Porque ninguém vai participar nele, para além do Real Madrid e do Barcelona. O que eles estão a fazer agora: aproximar-se dos clubes do segundo escalão. Mas então não será uma Superliga".

Rummenigge elogiou depois o presidente do PSG, Al-Khelaifi: "Conheço-o muito bem, sou amigo dele. É uma pessoa de confiança. Mas por ser do Catar e por o Campeonato do Mundo de 2022 se ter realizado no Catar, foi obviamente escolhido como inimigo pelos ultragrupos. Isso não é justo"