Schjelderup, de 21 anos, está acusado de ter partilhado um vídeo ilegal com conteúdo sexual a envolver menores há dois anos, quando tinha 19 anos e jogava pelo FC Nordsjaelland na Superliga Dinamarquesa.
Schjelderup deverá receber uma pena suspensa pelo seu ato, o que pode complicar a sua presença na seleção norueguesa para o Mundial-2026, caso os escandinavos consigam o apuramento para o torneio.
O facto é que o norueguês do Benfica pode ter dificuldades em obter visto se for condenado com pena suspensa, afirma o advogado dinamarquês Martin Dahlgaard ao VG.no.
"Uma pena suspensa complica o processo", diz Dahlgaard. "Neste caso, há dois cenários possíveis: Ele pode já ter um visto para os Estados Unidos. Só é necessário declarar antecedentes criminais no momento do pedido. Não é preciso comunicá-los posteriormente à Embaixada Americana se já tiver o visto, mas deve declará-los na fronteira se for questionado".
Por outro lado, se Andreas Schjelderup não tiver visto atualmente, o processo será mais difícil, considera Dahlgaard.
"Nesse caso, terá de declarar esta situação na Embaixada Americana em Oslo. E aí terão de avaliar se o sucedido se enquadra no conceito de 'torpeza moral'. Pelo que li sobre o caso, creio que sim. O funcionário da Embaixada não pode usar discricionariedade. Para ele ou ela, é uma questão objetiva, sem margem para avaliar as provas do processo".
Segundo Dahlgaard, não é necessário tratar-se de um crime grave. No entanto, existe uma alternativa.
"A Embaixada pode recomendar uma dispensa. Esta deve ser aprovada pelo Homeland Security em Washington DC. E aí já podem exercer discricionariedade. Podem decidir que 'este é um atleta e vai participar no Mundial'. O único problema é que este processo pode demorar bastante tempo".
O próximo Mundial da FIFA decorrerá de 11 de junho a 19 de julho de 2026, sendo organizado em conjunto pelos Estados Unidos, Canadá e México. Esta edição contará com 48 equipas, um número alargado, e será a primeira vez que o torneio se realiza em três países diferentes.
