Os Reds de Urawa fazem lembrar visualmente o Manchester United - camisolas vermelhas, calções brancos, meias pretas – e até a sigla MUFC (Mitsubishi Urawa Football Club), que remonta aos seus tempos como equipa da fábrica Mitsubishi, remete para uma ligação simbólica ao gigante inglês. Enquanto o United não marca presença neste Mundial de Clubes, o Urawa, tricampeão da Liga dos Campeões Asiática, será o único representante do Japão no torneio, agora alargado a 32 equipas.
Na fase de grupos, vão enfrentar adversários de peso: Inter de Milão, River Plate e Monterrey. Um grupo difícil, mas a equipa do treinador Maciej Skorza, que em 2023 conquistou pela segunda vez a Liga dos Campeões Asiática com o Urawa, encara o desafio como uma oportunidade.
“É mais uma motivação do que uma distração”, afirma o norueguês Marius Hoibraten, um dos poucos jogadores estrangeiros no plantel. “Poder jogar contra algumas das melhores equipas do mundo é algo muito especial para nós".
Urawa Red Diamonds: um clube com história e um lado negro
Os Urawa Red Diamonds são um dos clubes mais tradicionais e populares do Japão. O seu estádio, em Saitama, tem capacidade para mais de 50.000 pessoas, e o ambiente é conhecido por ser eletrizante, embora por vezes também problemático. Os auto-proclamados "ultras" do clube já estiveram várias vezes nas manchetes pelas piores razões: confrontos, faixas racistas, intimidação de adeptos adversários. Em 2014, um jogo teve de ser disputado à porta fechada, e em 2023 o clube foi até excluído da taça nacional.
Os próprios adeptos sentem-se incompreendidos.
“As pessoas pensam que somos assustadores, mas isso não é verdade”, diz o adepto Kakeru Inoue. “Levo colegas ao estádio para lhes mostrar como o ambiente é apaixonado e positivo”.
Apesar da enorme popularidade, o Urawa não é um vencedor crónico: conquistou a J. League apenas uma vez, em 2006, sob o comando do alemão Guido Buchwald. Guido Buchwald. Internacionalmente, foi mais bem-sucedido. Para além dos três títulos da Liga dos Campeões da AFC (o mais recente em 2023), o clube chegou às meias-finais do Mundial de Clubes em 2023, perdendo aí claramente por 0-3 frente ao Manchester City
Para o guarda-redes Shusaku Nishikawa, uma das vozes experientes da equipa, o Mundial de Clubes de 2025 é uma etapa especial: "É uma competição que gera muita atenção a nível mundial. Quem sabe se alguma vez uma equipa japonesa voltará a participar".
Mundial de Clubes 2025 como nova montra
A decorrer em plena temporada da J. League – que no Japão vai de fevereiro a dezembro – o Mundial de Clubes é um desafio logístico e físico. Ainda assim, o Urawa arrancou forte na época de 2025, e após um dececionante 13.º lugar no ano anterior, poderá até lutar pelo título nacional. A participação internacional poderá funcionar como um impulso adicional.
Para muitos adeptos, a presença nos EUA é também uma oportunidade de mostrar uma imagem diferente. O adepto Nakaji resume bem o sentimento:
“Cultura ultra só em Urawa. Nenhum outro clube no Japão se compara a nós”.
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