O gigante guarda-redes vai mudar-se para Inglaterra depois dos confrontos do Grupo I da Itália com Estónia e Israel, depois de ter sido abruptamente afastado do Paris Saint-Germain pelo treinador Luis Enrique.
"Senti-me realmente em casa durante os meus quatro anos em Paris, nunca os esquecerei", disse Donnarumma aos jornalistas.
Donnarumma insiste que não guarda qualquer mágoa pela forma como foi preterido na hierarquia do PSG a favor do jovem francês Lucas Chevalier, tão pouco tempo depois de as suas exibições terem ajudado a conquistar a primeira Liga dos Campeões do clube da capital.
"Sempre tive uma excelente relação com o treinador. Apreciei a honestidade comigo, desde o primeiro dia de treino", disse: "Não sei qual foi a razão (para ser substituído), nem quero saber. Tento sempre fazer o que o meu treinador me pede para fazer, para ajudar a minha equipa. É sempre possível melhorar, mas já fiz grandes coisas desde que me estreei na Serie A, aos 16 anos."
Tal como fez quando se transferiu para o PSG, Donnarumma assinou o contrato com o City no centro de treinos de Coverciano, em Itália, durante uma pausa internacional.
"Isso trouxe-me sorte", disse Donnarumma, que também foi fundamental para a Itália ser coroada campeã europeia em 2021, pouco antes de assinar com o PSG: "Quando um clube como o City te quer, significa que estás a fazer um bom trabalho. Ser desejado por um dos melhores treinadores do mundo, como Pep Guardiola, é uma sensação indescritível."
Itália em dificuldades
Mas antes de se juntar a Guardiola em Manchester, Donnarumma tem uma grande tarefa em mãos com a Itália, que corre o risco de falhar a terceira presença consecutiva em Mundiais. O guardião manteve a braçadeira de capitão sob o comando de Gattuso, que substituiu Luciano Spalletti em junho, após um início conturbado na campanha de qualificação da Itália, que incluiu uma derrota por 3-0 frente à líder do grupo, Noruega.
O jogador de 26 anos jogou sob o comando de Gattuso, que venceu o Campeonato do Mundo como jogador com a Itália em 2006, no AC Milan quando ainda era adolescente.
"Eu conheço o homem, sei o que ele pode trazer", disse Donnarumma: "Começou bem. Vai dar tudo, e nós vamos dar tudo para levar a Itália de volta ao topo. Mas temos de fazer as coisas passo a passo."
Donnarumma disse que quer "levar a Itália de volta ao lugar a que pertence", o que não é um feito pequeno, dada a situação em que se encontram após dois jogos de qualificação. A Itália está nove pontos atrás da Noruega, embora tenha disputado dois jogos a menos, e tem poucas hipóteses de ficar com a vaga que oferece o único lugar direto nas finais do próximo ano nos Estados Unidos da América, Canadá e México.
Para além da diferença significativa de pontos, a Itália tem uma diferença de golos 12 pior do que a Noruega, o que significa que o play-off, de onde falhou o apuramento para os dois últimos torneios, é a via mais realista para a qualificação.