Pochettino, antigo treinador do Tottenham, Paris Saint-Germain e Chelsea, foi nomeado para o cargo nos EUA em setembro de 2024, substituindo o americano Gregg Berhalter.
"Se olharmos para todas as seleções nacionais do mundo, o treinador é normalmente desse país", disse Arena durante o podcast "Unfiltered Soccer", com os antigos internacionais norte-americanos Landon Donovan e Tim Howard.
"Quando se tem treinadores que não conhecem a nossa cultura, o nosso ambiente, os nossos jogadores, é difícil. Tenho a certeza de que é um excelente treinador, mas treinar futebol internacional é diferente do futebol de clube, é um trabalho completamente diferente", disse.
Arena, de 73 anos, levou os EUA aos quartos de final do Mundial de 2002, a melhor classificação da era moderna, mas fracassou numa segunda passagem, em 2017, quando não se conseguiu qualificar para o Mundial do ano seguinte, na Rússia.
Atualmente nos San Jose Earthquakes, o técnico que venceu a MLS cinco vezes, sugeriu que Pochettino não entende a cultura da seleção dos EUA.
"Quando se é um selecionador, é preciso conhecer o ambiente, é preciso conhecer os animais que se treinam, e isso falta-nos. Se fores um norte-americano a treinar a equipa dos EUA, conheces a cultura, o orgulho e a importância da equipa. Quando se traz alguém de fora, não entendem isso, especialmente no nosso país, porque somos muito diferentes", vincou.
Treinador de longa data na Major League Soccer, Arena juntou-se aos Earthquakes esta época, depois de ter saído do New England Revolution em 2023, onde foi colocado em licença administrativa após alegações de "comentários insensíveis e inapropriados".
Arena, que teve duas passagens como selecionador dos EUA e foi também um crítico do reinado do alemão Jurgen Klinsmann à frente da equipa, disse estar "chocado" com as derrotas do mês passado com o Panamá e o Canadá na Liga das Nações da CONCACAF.
"Estou a ver e estou chocado. Estou chocado por não conseguirmos vencer o Panamá e o Canadá. Foi chocante para mim. Não quero ser desrespeitoso. Quero que se saiam bem no Campeonato do Mundo, sem dúvida. Mas agora só nos resta um ano. O tempo está a esgotar-se e eles têm de começar a trabalhar", afirmou.
Os EUA são co-anfitriões do Campeonato do Mundo do próximo ano, juntamente com o Canadá e o México.