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Federação pede ao Governo moçambicano fundos para cuidar do único estádio nacional

Estádio Nacional de Zimpeto, em Maputo
Estádio Nacional de Zimpeto, em MaputoProfimedia
O presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) reconheceu esta quarta-feira que o relvado do Estádio Nacional de Zimpeto, em Maputo, único do país, “está mal” e pediu ao Governo para alocar fundos para a manutenção da infraestrutura.

Estive ontem (terça-feira) no Estádio Nacional de Zimpeto e tenho que dizer que o piso está mal, não está bem e se não houver uma intervenção urgente não podemos fazer nada”, disse Feizal Sidat, em Maputo, em conferência de imprensa para fazer o balanço das atividades de 2024.

A Confederação Africana de Futebol (CAF) interditou no final de 2024 o Estádio Nacional do Zimpeto para jogos oficiais internacionais, por o relvado não cumprir os “padrões exigidos”, pelo que os próximos jogos da seleção moçambicana serão realizados fora do país.

Em comunicado divulgado em 15 de dezembro, a FMF explicou que “após uma análise detalhada dos relatórios dos jogos e monitoria adicional das condições” no local, a CAF “concluiu que o relvado do Estádio Nacional do Zimpeto não atende, no presente momento, aos padrões exigidos para a realização de jogos oficiais da CAF/FIFA, com especial evidência no terreno de jogo”.

Feizal Sidat reconheceu hoje que o problema daquele estádio “é o piso”, apontando que precisa de “uma intervenção urgente” do executivo moçambicano para que esteja em condições de acolher jogos das provas internacionais.

"Pedimos que o Governo arranje um valor e alocar para a manutenção daquela infraestrutura desportiva (…) para que cuide daquelas infraestruturas, porque é um património do Estado”, concluiu.

Segundo Sidat, uma nova avaliação da CAF vai decorrer em finais de fevereiro visando aferir as condições do estádio nacional em face do jogo contra o Uganda, em princípio a decorrer em Moçambique em março, referente às eliminatórias de acesso ao campeonato do mundo de futebol.

A interdição daquele estádio, o único com este estatuto em Moçambique, segue-se a uma outra, em 2023, que obrigou a seleção dos mambas a jogar na vizinha África do Sul.