
Recorde as principais incidências da partida
Ainda sem a melhor do Mundo Alexia Putellas a 100%, a recuperar os melhores indíces físicos para ser opção viável neste Campeonato do Mundo, a Espanha aproveitou o primeiro jogo para deixar uma mensagem clara aos adversários. La Roja tem argumentos mais do que suficientes para lutar pelo ouro na Austrália e Nova Zelândia.
É verdade que o adversário, 36º no ranking FIFA, não teve a capacidade para criar problemas que as seleções mais poderosas podem apresentar numa fase adiantada da prova, ainda assim o futebol praticado, sobretudo no primeiro tempo deu esperança aos adeptos espanhóis.
Jorge Vilda apostou nas jovens Paraluello e Athenea del Castillo para fazer companhia a Esther no ataque espanhol, perante uma Costa Rica que se apresentou com uma linha defensiva composta por cinco elementos, ainda assim incapaz de lidar com o ímpeto ofensivo imposto pelas espanholas desde o primeiro minuto.

Seis minutos diabólicos
Esther e Ivana Andrés foram as primeiras a concretizar em remate as múltiplas oportunidades de Espanha, mas Daniela Solera conseguiu adiar o inevitável durante 20 minutos. O pior veio depois... Em apenas seis minutos, a equipa de Jorge Vilda chegou aos três golos de vantagem, com as costa-riquenhas completamente atordoadas e sem capacidade de reação a um futebol rápido, fluído e eficaz.
Primeiro, aos 21 minutos, Valeria Del Campo desviou a bola para o interior da própria baliza, após cruzamento de Esther pelo corredor direito; depois foi a vez de Aintan Bonmatí finalizar um belo desenho ofensivo da equipa espanhola e, por fim, Esther aproveitou uma primeira bola na barra de Hermoso para aparecer em boa posição para a recarga.

Tudo muito simples para Espanha, que só não foi para o intervalo com um resultado ainda mais dilatado porque Hermoso desperdiçou uma grande penalidade - a camisola 10 não conseguiu enganar a guarda-redes da Costa Rica.
A reação das costa-riquenhas surgiu pela primeira vez aos 41 minutos, quando Melissa Herrera aproveitou uma desatenção da linha defensiva contrária para obrigar Misa a sair da baliza e afastar o perigo. Uma gota de água no deserto.
A vantagem era confortável e permitiu a Vilda gerir o grupo da melhor forma na segunda parte, até para dar minutos a Putellas, e o resultado não sofreu mais alterações, pese os muitos remates (mais de 40 no total da partida): Daniela Solera acabou por ser a principal figura do segundo tempo com uma mão cheia de intervenções.
Na retina fica a tripla defesa num espaço de três minutos a remates de Salma, Olga Carmona e Aitana. Contas feitas, muita Espanha, muita Daniela Solera e pouca Costa Rica.

Melhor em campo Flashscore: Teresa Abelleira