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Aitana e as suas visitas ao psicólogo: "Meditar, escrever..."

Aitana é uma das armas de Jorge Vilda para o Mundial
Aitana é uma das armas de Jorge Vilda para o MundialRFEF
A futebolista catalã foi a porta-voz da seleção espanhola para analisar a situação atual da equipa, em vésperas do arranque da participação no Campeonato do Mundo a realizar na Austrália e na Nova Zelândia.

Aitana Bonmatí (25 anos) entrou no comboio da seleção espanhola no último minuto, na última paragem, aquela que algumas das suas colegas de equipa no Barcelona preferiram deixar passar.

"Não há muitas oportunidades para jogar", justificou recentemente. Apesar de já saber o que é jogar um Campeonato do Mundo, porque esteve no Mundial de 2019 (França), tem consciência de que agora o enfrenta no melhor momento da sua carreira, como referência absoluta a nível continental e em todas as listas de candidatas à próxima Bola de Ouro.

Sobre Salma Paralluelo, que também esteve no centro das atenções dos media, destacou vários aspetos: "É difícil encontrar este tipo de velocidade... afinal, é uma jogadora que vem do atletismo. Destaco também o seu pé esquerdo, que tem muita qualidade e um remate muito bom. Quando jogámos juntas no Barça, sobretudo quando ela esteve no flanco direito, penso que nos combinamos bem, tanto no espaço como na bola, e isso é muito bom".

O balanço do período de treino

"Por vezes, as épocas são longas, porque acabamos uma e começamos outra... não temos descanso. Isto é futebol profissional e já o faço há muitos anos. Não tenho muito descanso, mas acabamos por adaptar-nos a tudo. Sei que, mentalmente, tenho poucos dias para me desconectar. E fisicamente... estas duas semanas foram boas para nós. Agora estamos a trabalhar a fundo para chegar ao nível mais alto", disse.

Aitana acredita que "ninguém quer perder esta oportunidade", e isso inclui Alexia Putellas, que ela vê como "estando bem" e em posição de "ajudar muito". Na mesma linha, e de regresso à equipa, afirma: "Estamos a treinar com muita intensidade. Tudo isto vai trazer-nos muito. Quando se treina bem, as coisas correm bem".

Estatísticas de Aitana Bonmatí
Estatísticas de Aitana BonmatíFlashscore

Quando questionada sobre o objetivo menos ambicioso para a Roja, que ainda não chegou aos oitavos de final, ela é clara: "Não gosto de falar de mínimos, mas de máximos. Estamos aqui para chegar o mais longe possível, mas não quero subestimar nenhuma equipa. Temos respeito por todos os adversários e sabemos que nada é fácil".

Terapia para gerir as emoções

Ela está ciente do que pode acontecer em termos de prémios individuais, especialmente se brilhar na Oceânia (e ainda mais se isso for acompanhado por um bom desempenho da Espanha), mas diz que não pensa nisso porque "seria egoísta". O seu papel está bem definido: "Estou aqui a tentar dar o meu melhor, como sempre. Vou pôr tudo o que tenho à disposição do grupo".

A saúde mental é cada vez menos tabu e Bonmatí exprime-o abertamente: "Não diria que me deram trabalhos de casa ou algo do género, mas quando se vai ao psicólogo há muito tempo, aprendem-se técnicas para quando se está num mau dia ou num mau momento. Meditar, escrever... essas coisas que são típicas e que aprendi indo à terapia. Já experimentei e isso ajuda-nos".