A medalha de bronze não servirá de consolo para nenhuma das duas seleções, que ficaram de fora da decisão do título, cuja final será disputada este domingo, mas as Matildas estão motivadas para agradecer à nação pelo apoio maciço durante todo o Mundial.
"Para nós, estas foram provavelmente as quatro semanas mais incríveis das nossas carreiras", disse a capitã da Austrália, Sam Kerr, em conferência de imprensa, esta sexta-feira.
"A maneira como o país apoiou, a forma como jogámos, tem sido uma jornada incrível. Temos mais um jogo, mas podemos realmente terminar em alta", acrescentou.
A medalha de bronze em Lang Park seria uma novidade para a anfitriã Austrália, que chegou pela primeira vez às meias-finais.
No entanto, não seria novidade para a Suécia, que já tem três troféus no seu palmarés, incluindo um há quatro anos, em França.

A equipa sueca poderá ter um trabalho mais difícil para animar as jogadoras depois de mais um quase fracasso num grande torneio.
As suecas foram derrotadas pelo Canadá nos Jogos de Tóquio e caíram nas meias-finais do Campeonato da Europa do ano passado, contra a Inglaterra, que viria a ser campeã.
Mas o treinador Peter Gerhardsson não tem dúvidas de que a sua equipa estará motivada para sábado.
"Não há falta de motivação nem nada do género. Como já disse, as jogadoras estão em boas condições", afirmou aos jornalistas.
"A única coisa é que temos um adversário do outro lado que também está muito motivado", defendeu.
Depois de se orgulharem de manterem as balizas limpas durante o torneio, as duas seleções sofreram lapsos defensivos caros nas meias-finais.
As bolas paradas fizeram com que a Suécia vencesse a Espanha no final do jogo, enquanto Ellie Carpenter não conseguiu afastar uma bola longa e ajudou a Inglaterra a vencer a Austrália por 3-1.
As Matildas tiveram dificuldades contra a Inglaterra sem Alanna Kennedy e a central estará novamente ausente este sábado, devido a lesão, deixando as anfitriãs com o desafio de lidar com a forte bola parada da Suécia.
A Suécia, por sua vez, terá de lidar com a talismã australiana Kerr, que marcou um golaço contra a Inglaterra, mas ficou furiosa consigo mesma por não ter aproveitado outras ocasiões de golo.
As duas seleções têm muitas ligações entre si, o que significa que não são totalmente desconhecidas.
A Austrália é treinada pelo sueco Tony Gustavsson e várias jogadoras atuam em clubes do país escandinavo.
No ano passado, a Austrália goleou a Suécia por 4-0, num amistoso em Melbourne, mas as suecas venceram a última partida oficial por 1-0, nas meias-finais dos Jogos Olímpicos.
A Inglaterra ofereceu à Suécia um plano para derrotar as Matildas nas meias-finais, quando fechou as transições. Sem suspensões onerosas em jogo, a ameaça de cartões amarelos pode fazer pouco para desencorajar a fisicalidade no jogo deste sábado.
"Vai ser uma batalha física amanhã, com certeza. E cabe à árbitra proteger as jogadoras, porque nenhuma (das equipas) se vai esquivar", disse Gustavsson.