A equipa tinha inicialmente interrompido as discussões antes do Campeonato do Mundo Feminino, onde a Inglaterra terminou em segundo lugar depois de perder a final contra a Espanha.
"Chegámos a um acordo. Tivemos uma conversa muito boa com a Federação Inglesa e expressámos que queremos ser líderes mundiais dentro e fora do campo. Essa conversa era necessária e as conversas vão continuar entre a equipa dirigente e a Federação Inglesa de Futebol. Temos a certeza de que, daqui para a frente, as coisas vão ser diferentes. No geral, foi muito bom", disse Bright, que está a substituir a lesionada Leah Williamson, aos jornalistas antes do jogo de sexta-feira da Liga das Nações contra a Escócia.
Acompanhe o Inglaterra-Escócia no Flashscore
As jogadoras entraram numa disputa com a Federação Inglesa de Futebol depois de ter sido anunciado que a FIFA pagaria diretamente os honorários individuais das jogadoras no Campeonato do Mundo, começando nos 30.000 dólares (28 mil euros) e subindo até aos 270.000 dólares (253 mil euros) por cada membro da equipa vencedora.
Mas a decisão da Federação Inglesa de não oferecer à equipa inglesa pagamentos de bónus para além dos honorários que receberão da FIFA foi um ponto de discórdia na preparação para o torneio.
Problemas salariais
A Associação de Futebolistas Profissionais (PFA) afirmou em julho que as questões relacionadas com os salários eram especialmente evidentes nos países onde as jogadoras não tinham acordos coletivos de trabalho.
A FIFA tinha anunciado uma contribuição financeira especificamente destinada a todas as jogadoras do Campeonato do Mundo, o que significava que a atribuição por membro da equipa de Inglaterra era de 195.000 dólares (183 mil euros), uma vez que as inglesas foram vice-campeãs.
A Federação Espanhola de Futebol também recebeu 4,29 milhões de dólares (4 milhões de euros), enquanto a Federação Inglesa de Futebol recebeu pouco mais de 3 milhões de dólares (2,8 milhões de euros) como parte da distribuição recorde da FIFA.
Bright disse que as discussões com a Federação Inglesa de Futebol foram "maiores do que apenas o bónus".
"O futebol feminino está a evoluir muito rapidamente e conversas como esta precisam de acontecer para garantir que, em todas as áreas, estamos no topo do nosso jogo. Como jogadoras, sentimo-nos muito confiantes para avançar com a estrutura que temos agora", considerou.
A treinadora da Inglaterra, Sarina Wiegman, disse que estava à espera do acordo e que esperava poder voltar a concentrar-se no futebol.
"As conversações estavam a correr muito bem, mas o Campeonato do Mundo estava à nossa frente, pelo que precisavam de parar e recomeçar depois do Campeonato do Mundo. Não se chegou a um acordo nessa altura, mas as ligações foram feitas e houve sempre comunicação. Agora que o problema está resolvido, estamos a avançar e tudo parece muito bem", afirmou.