Jorge Vilda condenado: saída do selecionador espanhol é uma questão de tempo
No novo organigrama transitório da RFEF, Pedro Rocha, o veterano presidente da Federación Extremeña, passou a ser o líder, mas para que essa posição seja efetiva tem de ser ratificada pela Assembleia. Até agora, tem sido o primeiro vice-presidente, à espera de dar o passo que o poderia tornar presidente interino e permitir-lhe tomar decisões que devem ser apoiadas pelo Conselho de Administração de 40 membros.
Uma das primeiras decisões a tomar pelo novo órgão dirigente da federação será a rescisão do contrato do selecionador nacional feminino. A renovação verbal de Rubiales na Assembleia não terá qualquer efeito e o treinador campeão do mundo passará de um salário de 500 mil euros por ano (proposta feita publicamente pelo seu grande apoiante) para a necessidade de procurar um novo emprego.
Os presidentes das Federações Territoriais chegaram à conclusão de que ele não pode continuar à frente da seleção nacional e vão procurar uma fórmula para rescindir o seu contrato, que ainda tem um ano de duração. A nova direção é muito clara sobre este assunto.
Vilda, que aplaudiu Rubiales na Assembleia, não se manifestou para deixar o cargo, apesar de a maioria da sua equipa técnica lhe ter virado as costas, assim como muitas das jogadoras espanholas. A euforia na Austrália transformou-se em desilusão e rejeição, mas Rubiales continua a agarrar-se ao cargo.
Quanto a Luis de la Fuente, outro dos que aplaudiu Rubiales, o imediatismo dos próximos jogos da seleção nacional, a lista de sexta-feira, 1 de setembro, impede qualquer movimento. O seu futuro é incerto e há divergências entre os novos dirigentes federativos.
A federação está a ser alvo de uma profunda mudança de visual e haverá muitas vítimas. O tsunami de beijos roubados e gestos obscenos vai varrer muitos "rubialistas".