Rafael Hermoso alterou perante o juiz a versão que deu aos meios de comunicação social sobre o beijo do então presidente da RFEF à sua irmã. "Numa entrevista, minimizei o assunto e concentrei-me na celebração e na importância de ser campeão do mundo. Menti, só queria proteger a minha irmã. Vi-me numa situação em que não era o protagonista e queriam declarações minhas. Tinha consciência de que, se dissesse o que pensava, não se falaria de outra coisa. Não queria que as minhas palavras se tornassem num boom. Tinham acabado de chegar para festejar em Madrid e não era justo", asseverou.
"A entrevista (no Espejo Público) estava combinada. Disse uma mentira descarada para proteger Jenni de possíveis represálias da Federação". E sobre a entrevista ao El Chiringuito, garantiu que "não dei ouvidos à minha irmã. Menti na entrevista".
Na sua versão atual dos acontecimentos, Rafael Hermoso afirma o seguinte. "(Jennifer Hermoso) usou a palavra nojo, que estava enojada e que, quando saiu da cerimónia de entrega de medalhas, contou a Alexia Putellas e a Irene Paredes. Não vimos o evento em si. Ela estava deslocada e zangada, como se dissesse que me tinha dado um beijo na boca sem eu querer".
Também falou sobre o que disse a Jorge Vilda. "Ele disse-me 'o presidente mandou-me ver se podes dizer à tua irmã para ir a um vídeo em Doha com ele para dizer que o beijo foi consensual e para tirar toda a importância'. Eu perguntei-lhe se era conveniente e ele disse 'é o melhor para todos', e eu disse 'para todos, para quem?' E ele disse-me que se se tornasse maior iria prejudicar toda a gente e disse que a minha irmã tinha uma idade, uma carreira e que se ela colaborasse as portas da RFEF estariam abertas e se não, não havia maneira de saber o que iria acontecer".
